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|Crise humanitária

Meloni prossegue ataque às equipas de resgate de migrantes no Mediterrâneo

O Governo de extrema-direita de Meloni aproveitou a maioria no Parlamento italiano para aprovar um decreto que limita a acção de resgate humanitário por ONG's sem permitir a discussão pelos deputados.

CréditosGiuseppe Lami / EPA

É mais uma demonstração inequívoca da «solidariedade ocidental». Naquilo que realmente importa à União Europeia, o Governo de extrema-direita, racista e xenófobo de Giorgia Meloni, em Itália, soube submeter-se, por inteiro, aos ditâmes ocidentais, garantindo o continuado apoio, por exemplo, ao Estado ucraniano.

Por outro lado, os migrantes que procuram atravessar, em botes sem condições, à mercê dos abusos de organizações de tráfico humano e das marés, o Mediterrâneo, não têm a mesma sorte.

Esta política não surgiu apenas com a chegada ao poder das forças neofascistas em Itália, há vários anos (e já no anterior Governo italiano) que a UE envida esforços para impedir o resgate de pessoas (o AbrilAbril reportou, em 2019, de mais de 50 ONG's sobre a cumplicidade da UE na morte de milhares de pessoas).

Por decreto do Governo italiano, e sem remeter para discussão no parlamento, os navios administrados por organizações não-governamentais (ONG) têm agora solicitar às autoridades italianas, no imediato, que lhes seja atribuído um porto seguro após ser efectuado um resgate humanitário. Desta forma, as ONGs não poderão permanecer no mar e dar ajuda a outras pessoas que se encontrem numa situação de vida ou de morte.

Se não cumprirem os desígnios da extrema-direita, procurando salvar mais vidas no mar, estas organizações de resgate arriscam multas pesadas e o arresto dos navios. O resultado concreto destas medidas é boicotar os esforços de salvamento, com o objectivo final de que os migrantes morram afogados no mar, em vez de entrarem no espaço europeu.

Nas últimas semanas, a Itália tem obrigado ao desvio de barcos humanitários para portos em toda a costa italiana, obrigando a períodos de espera de quatro a cinco dias entre viagens para o desembarque de migrantes resgatados.

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