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Estudantes enchem as ruas em novos protestos contra as políticas de Bolsonaro

Duas semanas depois da jornada de Greve na Educação, mais de um milhão de pessoas voltaram para as ruas, em todo o Brasil, denunciando os cortes na educação pública e a reforma da Previdência.

Cerca de 250 mil pessoas manifestaram-se em Belo Horizonte em defesa da Educação
Cerca de 250 mil pessoas manifestaram-se em Belo Horizonte em defesa da Educação CréditosLuiz Rocha / Mídia NINJA

As acções de protesto e manifestações tiveram lugar, ao longo desta quinta-feira, em cerca de 200 cidades, de Norte a Sul do Brasil, reunindo mais de um milhão de pessoas, segundo os promotores. Além de reafirmarem o seu posicionamento contra os cortes de verbas no sector promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro, nesta jornada de luta os estudantes denunciaram a intenção do executivo brasileiro de avançar com a chamada reforma da Previdência e fizeram um apelo à participação dos trabalhadores na greve geral convocada para o próximo dia 14 de Junho.

Tal como no dia 15, a região Sudeste do Brasil voltou a ser palco das maiores mobilizações desta jornada de protesto. De acordo com o Brasil de Fato, que refere números facultados pelas organizações promotoras das manifestações, no Rio de Janeiro, o protesto dos estudantes, professores e trabalhadores juntou cerca de 100 mil pessoas. Em Belo Horizonte (Minas Gerais), cerca de 250 mil pessoas participaram na manifestação em defesa da Educação. Em São Paulo, a mobilização contou com 300 mil participantes, que uniram o Largo da Batata ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Presente na capital paulista, Giovana Salinas, estudante do curso de Arquitectura e Urbanismo do Instituto Federal de São Paulo, destacou ao Brasil de Fato a importância da mobilização, na medida em que «os cortes de verbas vão fazer com que um monte de estudantes não tenha escola ou futuro».

Por seu lado, o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual Paulista (Adunesp), João Chaves, lembrou que a luta pela Educação pública está ligada à defesa do actual modelo de aposentações e à luta contra a reforma da Previdência. Neste sentido, sublinhou a necessidade de o povo brasileiro aderir à greve convocada para 14 de Junho: «É necessário que o povo brasileiro vá às ruas para barrar o ataque que está a ser feito contra a Educação e contra a possibilidade de se ter uma reforma digna.»

Também em declarações ao Brasil de Fato, Jessy Dayane, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), defendeu que uma educação pública de qualidade e gratuita é fundamental para combater «outros problemas estruturais do Brasil». «Nós não vamos tirar os pés das ruas enquanto os cortes não forem revertidos. Nós vamos defender a Educação como sempre defendemos ao longo da história, porque a educação é muito importante para desenvolver o nosso país e combater a desigualdade social», declarou.

Mobilizações por todo o Brasil

Em Belém (no estado do Pará), manifestaram-se cerca de 60 mil pessoas, gritando palavras de ordem em defesa da Educação e contra os desmantelamento do sector público levado a cabo pelo governo de Bolsonaro. Em Curitiba (Paraná), mais de 20 mil manifestantes participaram no protesto, depois de terem reposto, em tamanho maior, uma faixa com a inscrição «Em defesa da Educação», que havia sido arrancada por apoiantes de Bolsonaro no domingo passado.

Mobilização em Curitiba, ao final do dia, reuniu mais de 10 mil pessoas em defesa da Educação Créditos

Em Florianópolis (Santa Catarina) e em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), a chuva que caiu fortemente não desmobilizou os manifestantes. De acordo com o Brasil de Fato, na capital catarinense estiveram mais de 20 mil e na gaúcha, «milhares».

Mais de 70 mil estudantes manifestaram-se em defesa da Educação em Salvador (Bahia), enquanto no Recife (Pernambuco) cerca de 60 mil pessoas foram às ruas e em Natal (Rio Grande do Norte) foram pelo menos 50 mil.

No estado de Goiás, houve manifestações em várias cidades em protesto contra os cortes na Educação. A maior, em Goiânia, reuniu cerca de dez mil pessoas. Cuiabá (Mato Grosso) e Brasília (Distrito Federal) também foram palco de protestos, tendo reunido, respectivamente, 20 mil e 30 mil pessoas.

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