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Mais de 11 milhões de crianças iemenitas precisam de ajuda urgente

O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla inglesa) alertou que a guerra está na origem da grave crise alimentar que atinge o país árabe. Mais de 11 milhões de crianças necessitam de ajuda humanitária urgente.

Criança iemenita numa zona bombardeada pela aviação saudita a norte de Sanaa (foto de arquivo)
Criança iemenita numa zona bombardeada pela aviação saudita a norte de Sanaa (foto de arquivo)Créditos / Twitter

Num relatório publicado esta segunda-feira, o organismo das Nações Unidas caracterizou a guerra no Iémen como «devastadora» e alertou para as suas consequências, nomeadamente a crise alimentar e a epidemia de cólera sem precedentes no mundo, que atingem de forma severa as crianças.

De acordo com dados da ONU, a epidemia de cólera já matou mais de 2100 pessoas desde Abril deste ano, havendo registo de 750 mil pessoas infectadas. Também como consequência da guerra de agressão, cerca de 17 milhões de iemenitas passam fome ou necessitam de ajuda humanitária urgente e mais de 3 milhões de crianças enfrentam o risco de má-nutrição aguda grave.

«Privadas do acesso a serviços básicos de saúde e de alimentação, as crianças são incapazes de desenvolver o seu potencial», denuncia o relatório, acrescentando que, num país acossado pela guerra desde Março de 2015, as crianças estão a morrer «de causas evitáveis como má-nutrição, diarreia e infecções do trato respiratório».

O UNOCHA referiu-se ainda ao futuro incerto de milhões de estudantes iemenitas, num contexto em que milhares de professores (três quartos do corpo docente) não leccionam por falta de pagamento dos salários há quase um ano.

Para além disso, a guerra levou a que uma em cada dez escolas do país tivessem de encerrar. Para o organismo das Nações Unidas, «o sistema educativo está à beira do colapso, sendo que mais de 5 milhões de crianças correm o risco de ficar privadas do direito à educação».

Desde Março de 2015, o Iémen tem sido submetido a uma intensa campanha militar liderada pela Arábia Saudita, à frente de uma coligação de países. A ofensiva tem como objectivo, declarado, esmagar a resistência do movimento Ansarullah e recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado próximo de Riade.

A guerra de agressão contra o Iémen provocou mais de 12 mil mortos entre a população civil. Em meados de Agosto, representantes das Nações Unidas caracterizaram a situação no Iémen como uma «tripla tragédia», referindo-se à fome, ao arrastar da guerra e à epidemia de cólera.

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