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|Peru

Mais de 100 jornalistas e meios de comunicação repudiam violência no Peru

Desde o afastamento do presidente constitucionalmente eleito que o Peru saiu à rua para rechaçar o golpe. Jornalistas e órgãos de todo o mundo subscrevem carta a exigir o fim da violência que se abateu sobre o país.

Manifestação em Lima, a 12 de Janeiro de 2023 
CréditosJuan Zapata / @WaykaPeru

«Nós, comunicadores e jornalistas, repudiamos a violência brutal contra o povo peruano por parte das forças de segurança e os ataques perturbadores contra jornalistas e fotógrafos que buscam contar a verdade sobre o que está acontecendo no país», lê-se no manifesto, divulgado pelo Peoples Dispatch. 

Jornalistas e órgãos informativos do Peru, Brasil, Argentina, Índia, Reino Unido, EUA, Gana, Espanha e Egipto, entre muitos outros, afirmam que os protestos «justos e corajosos» foram recebidos de forma «extremamente violenta» por parte das forças de segurança. Pelo menos 49 pessoas morreram até agora durante os protestos, vítimas de balas, gás lacrimogénio e gás pimenta.

«Vimos com grande preocupação como essas flagrantes violações dos direitos humanos, do direito de protestar, da liberdade de expressão e do estado democrático têm sido justificadas pelo poder executivo, pelos meios de comunicação de massa e pelos políticos de direita», assinalam os signatários. «Vândalos» e «terroristas» são alguns dos epítetos atribuídos aos manifestantes de forma a justificar a violência que está a ser exercida, e que atinge também os trabalhadores da comunicação social. 

«Preocupa-nos o caso de Aldair Mejía, fotojornalista, baleado por um projéctil enquanto cobria as manifestações em Juliaca. Ele denunciou que, antes do ataque, um membro da Polícia Nacional do Peru o ameaçou, dizendo: "Sai daqui, se não estouro-te a cabeça e mato-te"», denuncia o texto citado pelo online, onde se alerta que «muitos outros» colegas foram vítimas de estigmatização, acusações, ataques violentos e criminalização. 

«Jornalismo não é crime!», lê-se na carta, onde se realça que têm sido os órgãos populares, jornalistas independentes e fotojornalistas que têm saído às ruas, arriscando sua integridade física e enfrentando a «terrível repressão» do governo de Boluarte para comunicar a verdade ao mundo.

Desde o passado dia 7 de Dezembro, quando ocorreu o golpe de Estado, com a destituição do presidente Pedro Castillo e posterior detenção ilegal do governante, o povo peruano está em constante mobilização para exigir a renúncia imediata da presidente do governo golpista, Dina Boluarte, a dissolução do Congresso, a realização de uma Assembleia Constituinte e a libertação imediata de Castillo.

Confrontado com os protestos, o primeiro-ministro, Alberto Otárola, afirmou recentemente que a presidente do governo de facto – que tem o apoio da Embaixada dos EUA em Lima – não se vai demitir. Otárola defendeu a actuação da Polícia e das Forças Armadas nas manifestações, alegando que as mortes ocorridas são da responsabilidade de quem atacou o Estado.

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