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A longa marcha dos trabalhadores da Amazon contra a repressão

Tecnologias do século XXI convivem com a exploração do século XIX. Nos Estados Unidos da América, algumas das empresas mais ricas do planeta fazem tudo para impedir a sindicalização dos trabalhadores.

Os sindicatos contestaram os resultados de um referendo dado o comportamento ilegal da <em>Amazon.</em>
Os sindicatos contestaram os resultados de um referendo dado o comportamento ilegal da Amazon.CréditosJason Redmond / AFP

«Os analistas têm de ser capazes de criar e implementar mecanismos de vigilância sofisticados adaptados a vários interesses empresariais e utilizados para monitorizar riscos futuros; tais como sindicatos, grupos activistas ou líderes políticos hostis». São os requisitos pedidos num anúncio, para duas vagas de emprego, publicado pela Amazon. O pedido de dois “Analistas de Inteligência do escritório de Operações de Segurança Global da Amazon e do Programa de Inteligência Global da empresa em Phoenix” foram apagados na web rapidamente, pouco tempo depois de terem sido denunciados pelo site Vice News. A empresa multinacional justificou-se afirmando que a «oferta não era uma descrição exacta do trabalho e que já tinha sido corrigida».

Nos Estados Unidos da América (EUA), a criação de um sindicato numa empresa é uma espécie de caminho da cruz.

No caso da primeira tentativa, falhada, de as pessoas de um armazém da Amazon, em Bessemer (BHM1), sindicalizarem-se, começou a partir de um pedido de um trabalhador que telefonou para o Sindicato de Retalhistas, Grossistas e Lojas de Departamento (RWDSU). A organização teve primeiro provar à agência federal de direito do trabalho, o Conselho Nacional de Relações Laborais (NLRB), que 30 por cento dos trabalhadores do local queriam formar uma sucursal sindical. Uma vez feito isto, e após uma difícil campanha, realiza-se um referendo.

Não basta ganhar nesse armazém, coisa que ainda por cima não sucedeu, devido à repressão e à coerção do patronato. A batalha tem que ser travada fábrica por fábrica, hipermercado por hipermercado, fast-food por fast-food: se o voto «sim» tivesse ganho no armazém da Amazon em Bessemer, isto não teria alterado a situação nos outros armazéns.

Para os trabalhadores envolvidos nestes processos, isso implica uma longa, árdua e perigosa batalha, com, em caso de derrota, represálias contra aqueles que procuraram a ajuda do sindicato - e muitas vezes o despedimento.

Não é, pois, surpreendente que apenas 6,3% dos empregados do sector privado nos EUA sejam membros de um sindicato.

Uma empresa gigante e exploradora

Nos últimos vinte anos, a Amazon construiu cento e dez centros do tamanho do BHM1 no país, e planeia construir mais trinta e três. Com quase um milhão de pessoas a trabalhar, a empresa é o segundo maior empregador privado do país (espera-se que ultrapasse a cadeia de hipermercados Walmart dentro de dois anos).

A crise sanitária, juntamente com o crescimento maciço das compras online, impulsionou ainda mais as suas actividades, ao ponto de ser difícil medir o ritmo a que a Amazon está agora a recrutar. A contratação é tanto mais fácil quanto o vírus pôs de repente milhões de trabalhadores sem trabalho. Isto é sem precedentes, de acordo com historiadores - excepto talvez no início dos anos 40, quando as indústrias estavam a recrutar em massa para apoiar o esforço de guerra.

Apesar da sua dimensão gigantesca, a Amazon ainda se afirma como sendo uma empresa nova a começar, como no primeiro dia. «Passar para o segundo dia significaria não ter e mesma ambição. Seguido de irrelevância. Seguido de um lento e doloroso declínio. Seguido de morte. É por isso que, na Amazon, estaremos sempre no primeiro dia», disse Bezos (também proprietário do diário Washington Post) em 2016, numa carta aos accionistas. Para manter esta atmosfera febril, a empresa deve aumentar incessantemente a produtividade e baixar o custo da mão-de-obra. Por conseguinte, vê a existência dos sindicatos como uma ameaça a esse programa de explorar cada vez mais.

Os 12 trabalhos de um consultor anti-sindical

Bradley Moss está a ter um ano atarefado. É consultor da empresa The Burke Group, que ganha uma pequena fortuna paga pela Amazon para atravessar os EUA desde Bessemer, no Alabama, até Staten Island, Nova Iorque, realizando reuniões, convencendo e pressionando os 8.000 trabalhadores deste último armazém a votar contra a sindicalização.

Em Março de 2021, os sindicatos perderam a votação no armazém de Bessemer da Amazon. O RWDSU protestou a eleição, depois de se ter descoberto que a Amazon violou a lei laboral durante o processo. Entretanto, a outra eleição realizou-se a 30 de Março 2022 nas instalações do JFK8 em Staten Island, onde o Sindicato dos Trabalhadores Independentes da Amazon (ALU), composto por actuais e antigos empregados, enfrentaram o seu primeiro desafio para conseguir que os trabalhadores de um armazém da Amazon, nos EUA, tenham representação sindical.

A Amazon investiu muitos milhões de dólares numa campanha anti-sindical, gastos em consultores como Moss, a quem foi pago 375 dólares por hora, de acordo com o seu testemunho da Junta Nacional de Relações Laborais (NLRB) .

Os organizadores do sindicato dizem que a empresa tem vindo a realizar reuniões anti-sindicais com a presença obrigatória, dos trabalhadores, 24 horas por dia, a enviar consultores para falarem com os trabalhadores, um a um, a encher o armazém com panfletos anti-sindicais, e gastando fortunas em campanhas direccionadas de anúncios anti-sindicais no Facebook.

Os sindicatos apresentaram dezenas de acusações de práticas laborais desleais durante essas campanhas, acusando a empresa de actividades que vão desde a remoção ilegal de panfletos pró-sindical até à retaliação contra trabalhadores favoráveis aos sindicatos.

«Os nossos empregados têm a opção de aderir ou não a um sindicato», escreveu o porta-voz da Amazon, Kelly Nantel, numa declaração. «Eles sempre o fizeram. Como empresa, não pensamos que os sindicatos sejam a melhor resposta para os nossos empregados. O nosso foco continua a ser trabalhar directamente com a nossa equipa para continuar a fazer da Amazon um óptimo local de trabalho».

Por seu lado, os trabalhadores de ambos os armazéns queixam-se de baixos salários, insegurança no emprego, uma elevada taxa de rotatividade, e pausas insuficientes durante os turnos de trabalho de mais de 10 horas. O salário mínimo por hora em JFK8 é de cerca de 18 dólares, o que alguns empregados dizem ser uma miséria, dado o custo de vida em Nova Iorque. Os organizadores da ALU dizem que alguns trabalhadores dormem nos seus carros na garagem de estacionamento, enquanto outros trabalham em vários empregos para fazer face às despesas.

«A primeira coisa que eu gostaria de ver mudar é o reconhecimento básico de sermos humanos, e não apenas a preocupação de dar mais lucros e distribuir mais encomendas», diz Isaiah Thomas, à revista Wired, um dos trabalhadores do BHM1. «Porque isso é feito à custa das pessoas. Morreram pessoas». De facto,uns meses antes, um trabalhador morreu em consequência de uma queda a grande altura, nessas instalações.

Os organizadores da ALU em Staten Island, tornaram pública a luta para criar o seu sindicato em Abril de 2021, dizem ter visto o que se passou em Bessemer e aprenderam com esta derrota. Notaram que uma das estratégias da empresa durante as eleições do armazém BHM1, em Bessemer, Alabama, comum em todas as campanhas anti-sindicalistas, era caracterizar o sindicato como uma entidade estranha à empresa e não como a forma de organização dos trabalhadores da empresa. «Esta é a razão pela qual escolhemos organizar, a nossa luta, de forma independente», diz Connor Spence, um organizador-operário da ALU. «Quando se aparece com um sindicato conhecido, a Amazon “pinta -os” imediatamente como se fossem uma terceira parte gananciosa que está a viver à conta dos trabalhadores da Amazon. Mas quando o sindicato é empregados da Amazon, apenas organizando a base dentro do armazém, é mais difícil para eles atacarem-nos desta forma. Eles continuam a tentar. Mas perdem a credibilidade quando as pessoas descobrem que somos apenas trabalhadores».

Embora ambos os sindicatos estejam a lutar pela sindicalização dos trabalhadores nessa empresa gigante, em eleições consecutivas, e o façam lado a lado, têm histórias distintas. A ALU quando começou, assinala o professor de estudos operários da Universidade do Estado de São Francisco, John Logan, era um novo sindicato com um pessoal totalmente voluntário, quase sem fundos, com pouco dinheiro e um número reduzido de quotizações, tinham menos recursos do que um sindicato estabelecido, limitando a sua capacidade de fazer trabalho intensivo a falar com as pessoas. A sua principal fonte de financiamento era uma página GoFundMe.

Os organizadores tiveram, por isso, dificuldades acrescidas, tendo até retirado a sua primeira petição para um referendo no armazém JFK8 em Staten Island, em Novembro, quando esta ficou aquém do limiar de 30% de assinaturas, porque entretanto, muitos signatários tinham deixado a empresa. (A taxa de rotação anual da Amazon em toda a empresa é de cerca 150 por cento ao ano, um grande desafio para os organizadores). Tudo isto faz da Amazon a mais «a mais rica e sofisticada empresa anti-sindical do planeta», diz o professor Logan.

Chris Smalls, presidente da ALU, está habituado a ser subestimado. A Amazon despediu-o em Março de 2020, depois de ele ter marcado uma saída para protestar contra a forma como a empresa lidou com a segurança durante a pandemia da covid-19. A empresa diz ter despedido o Smalls por violar as directrizes de distanciamento social e uma ordem de quarentena. Durante uma reunião interna de gestão em que participou Jeff Bezos, os executivos da empresa fizeram do ex-trabalhador um alvo, qualificando Smalls, que é negro, «não inteligente ou articulado», de acordo com um relatório interno a que tece acesso o site Vice.

História de um sindicalista

Nascido em Nova Jersey no final dos anos 80, Chris Smalls disse nunca ter imaginado que acabaria por lutar para criar a primeiro sindicato da Amazon nos EUA.

Trabalhava para a empresa quando organizou um pequeno protesto à porta de uma das lojas de departamento da empresa em Nova Iorque há mais de dois anos.

Mas, como disse à BBC, não tinha qualquer intenção de escolher uma luta com a Amazon: apenas queria que a sua equipa pudesse fazer o seu trabalho em segurança.

«Quando a pandemia cresceu, os empregados abaixo de mim estavam a ficar doentes. Percebi que algo estava errado», diz.

A Amazon despediu-o, alegando violações de quarentena.

Mas as suas preocupações chamaram a atenção do mundo, um sinal precoce de uma batalha laboral muito maior que se trava dentro da empresa.

Nos meses que se seguiram, à medida que o seu negócio florescia graças à pandemia, a Amazon enfrentou acusações em todo o mundo de ter negligenciado o bem-estar do pessoal, algo que a empresa negou.

Mas Smalls tornou-se cada vez mais reconhecido por ser contra as práticas repressivas e de exploração desenfreada da empresa.

Nesse memorando divulgado a partir de 2020, em que a Amazon descreveu  Smalls como um empregado «pouco inteligente», defendia que se ele se tornasse «o rosto de todo o movimento sindical», isso ajudaria a miná-lo.

Smalls, que trabalhou na Amazon durante mais de quatro anos e subiu vários degraus nessa carreira, disse que o memorando escandalizou-o.

Alguns dos seus colegas e meios de comunicação locais chamaram racista ao documento, embora a Amazon tenha dito aos repórteres na altura que o autor não tinha conhecimento de que o Smalls era negro.

«Toda a minha vida mudou num minuto», diz o líder sindical e pai de dois filhos.

«A partir daí, comecei a tentar fazê-los engolir as suas palavras», acrescenta ele.

Durante 11 meses, o jovem de 33 anos e a sua equipa esperaram fora do seu antigo local de trabalho, o armazém JFK8 em Staten Island, para abordar o pessoal da empresa a caminho de casa e persuadi-los de que precisavam de um sindicato para lutar por eles nas negociações com a Amazon.

A Amazon parece estar agora a levá-lo a sério. No mês antes das eleições, garante Smalls, quando estava a deixar comida para os trabalhadores à porta do JFK8, o mesmo gerente que o despediu em 2020 apareceu e ameaçou chamar a polícia. Pouco depois, um grupo de agentes da polícia de Nova Iorque apareceu e prendeu o Smalls e dois outros trabalhadores. Smalls foi acusado de invasão e resistência à detenção, e os três foram acusados de obstruir a acção das autoridades. Era a segunda vez que os membros da ALU se encontravam algemados enquanto faziam o seu trabalho sindical.

«O Sr. Smalls - que não é empregado pela Amazon – e tentou contactar com os nossos trabalhadores apesar de múltiplos avisos», afirmou o porta-voz da empresa, Nantel. «Quando os agentes da polícia pediram ao Sr. Smalls para sair, ele optou por escalar a situação e a polícia tomou a sua própria decisão sobre a forma de responder».

Jason Anthony, um dos trabalhadores que foi preso depois de ter tentado convencer que a polícia não detivesse Smalls diz: «Sofri um trauma emocional e fiquei com sequelas». Conta que três trabalhadores se sentaram numa cela durante seis horas antes de serem libertados, e que foram condenado a uma pena de seis meses em liberdade condicional. A repressão policial aos sindicalistas tornou-se uma coisa habitual na empresa. «Está normalizado que os polícias estejam no nosso local de trabalho», denunciou, num comício sindical, Brett Daniels, outro dos detidos.

A investigação corrobora isto. Tamara Lee, professora de estudos laborais na Universidade Rutgers, está a estudar a utilização do policiamento da Amazon nos seus armazéns. Isto inclui não só chamar a polícia, mas também a experiência mais generalizada de trabalhadores estarem «isolados e hiper-curvados sob a vigilância constante de agentes de segurança privados e polícias fora de serviço».

Na sua investigação preliminar, Lee encontrou uma tendência desproporcionada para empregar agentes policiais fora de serviço em áreas do Sul com percentagens mais elevadas de residentes negros. «As pessoas que tinham sido anteriormente encarceradas descreveram as suas condições de trabalho quotidianas como sendo de prisão por causa de todas estas coisas», acusa.

Alguns trabalhadores foram pressionados. Um trabalhador do JFK8, que pediu que o seu nome fosse omitido por medo de ser despedido , diz que muitas pessoas têm medo de perder os seus empregos. «Tenho medo que a Amazon tenha assustado todas as pessoas, para votarem não». Circularam rumores de que a Amazon fecharia o armazém se o sindicato ganhasse, o que, em caso de retaliação, seria uma violação da lei laboral.

Pela primeira vez na história, os sindicalistas ganharam um referendo na Amazon nos EUA. CréditosBrendan McDermid / Reuters

«É preciso dar poder poder aos trabalhadores» 

Na votação que começou a 25 de Março e mais de 4.000 trabalhadores participaram nas eleições, e, pela primeira vez nos EUA, um armazém do gigante tecnológico foi obrigado a deixar sindicalizar os trabalhadores.

A Amazon, fundada em 1994, é o segundo maior empregador privado do país e resiste à sindicalização de seus funcionários. No passado, mesmo grandes sindicatos com décadas de experiência e milhões de dólares à disposição haviam fracassado em campanhas do tipo em outras unidades da empresa.

Na votação que terminou a 1 de abril, os trabalhadores do JFK8, esse enorme depósito da Amazon com mais de 8 mil empregados localizado em Staten Island, na cidade de Nova York, aprovaram a sindicalização. Na eleição, 2.654 votaram a favor de serem representados por um sindicato de trabalhadores, e outros 2.131 votaram contra.

A campanha em Nova York foi encabeçada pelos próprios funcionários do armazém, com recursos limitados, arrecadados por meio de um site de financiamento coletivo.

«É provavelmente a mais importante vitória sindical (no país) em quase cem anos», disse à BBC News Brasil o professor John Logan, diretor do departamento de estudos sobre Trabalho e Emprego da San Francisco State University, na Califórnia.

«Precisamos de desarmar a Amazon. Precisamos destes trabalhadores para nos organizarmos", disse à BBC Derrick Palmer, que ajudou os Smalls a organizar o seu protesto de 2020 e foi também alvo de processo disciplinar (mas não despedido) pela Amazon, que o acusou de violações de distanciamento social.

"Precisamos (de trabalhadores) para saber que eles têm o poder", concluiu.

Funcionários de mais de 100 armazéns contactaram a ALU desde que este sindicato ganhou as eleições do JFK8. Um trabalhador da Amazon conduziu todo o caminho desde Cleveland, Ohio, até Staten Island para participar num comício a 24 de Abril, onde o antigo candidato presidencial dos EUA, Senador Bernie Sanders, e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez falaram.

Contra esse contágio, a empresa joga com todos os meios possíveis e imaginários. Contratou pelo menos um consultor anti-sindical como pessoal da Amazon, diz Seth Goldstein, um advogado que representa a ALU. Isto permitiu que vigiassem os trabalhadores do armazém vizinho do que ganhou o sindicato, conseguindo derrotar os sindicalistas, diz uma trabalhadora do LDJ5, que prefere usar o pseudónimo Maria por medo de retaliação. «É como A Arte da Guerra de Sun Tzu», explica. «Um dos seus métodos é infiltrar-se, fingir que se faz parte do grupo, e depois dividir e conquistar. Eles estão a fazer isso». Os consultores são obrigados a arquivar a papelada junto do Departamento do Trabalho, publicando os seus honorários, embora sejam frequentemente arquivados após as eleições, demasiado tarde para os eleitores saberem os detalhes dos acordos dos seus empregadores com estas empresas. No ano passado, a Amazon gastou 4,3 milhões de dólares em consultores anti-sindicalistas, de acordo com os arquivos federais.

A Amazon deu aos consultores anti-sindicalistas o domínio livre do armazém durante os turnos, mas reprimiu os trabalhadores que promoveram o sindicato enquanto trabalhavam. Goldstein diz que uma trabalhadora foi castigada porque os supervisores a ouviram a discutir o sindicato durante as horas de trabalho. Esta campanha foi relegada para antes e depois dos turnos, hora de almoço, e um período de pausa de 15 minutos. «Estamos cansados, mas continuamos a fazê-lo. Estamos dedicados», disse Maria na semana passada durante as eleições que o sindicato acabou por perder.

Maria não planeou inicialmente envolver-se com o sindicato, mas decidiu aderir depois de participar em reuniões obrigatórias promovidas pela empresa contra os sindicatos, onde ouviu responsáveis da empresa a espalhar aquilo a que chamou «mentiras e meias verdades». «Irritou-me. Cresci numa família sindicalizada, por isso sei o que os sindicatos fazem pelos trabalhadores».

Assim que começou a usar a sua camisola com os símbolos da ALU antes de ir trabalhar, diz ter deixado de receber convites para reuniões anti-sindicatos.

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