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João Almeida foi primeiro na «subida mais dura do mundo»

O ciclista português João Almeida exaltou hoje a vitória «fantástica» que conseguiu na 13.ª etapa da Volta a Espanha, que acabou no Alto de l’Angliru, a «subida mais dura do mundo».

CréditosJavier Lizon / EPA

O segundo triunfo em grandes voltas do português, de 27 anos, e primeiro na Vuelta, aconteceu logo numa das subidas mais «míticas» de Espanha, e segundo o próprio analisou no final, muito se deveu «aos colegas de equipa».

«Agradeço aos meus colegas, foram essenciais hoje e fizeram uma etapa fantástica. Pus o meu ritmo e fiz o melhor que pude», comentou.

Concluídos em 4.54.15 horas os 202,7 quilómetros da tirada, entre Cabezón de la Sal e o Angliru, Almeida  (UAE Emirates) subiu com o líder da classificação geral, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), grande parte da ascensão, mas esteve quase sempre na frente, tendo chegado a distanciá-lo, ainda que este tenha acabado em segundo com o mesmo tempo.

«O Jonas seguiu sempre na minha roda. No último quilómetro, estava no meu limite, esperava o ataque dele, que me passasse na meta. Passei primeiro na última curva e ele não conseguiu passar. É fantástico», analisou Almeida.

O ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) considerou que hoje obteve o triunfo na «subida mais dura do mundo», dizendo que fazê-la «é de doidos», sucedendo a um triunfo na Volta a Itália em 2023 nova glória em grandes Voltas.

Ainda assim, veio para lutar pela classificação geral, na qual está agora a 46 segundos da liderança, no segundo lugar.

«Ainda tenho tempo para recuperar ao Jonas, que tem estado fenomenal. Ele é muito duro, mas nós nunca desistimos», atirou.

Esta vitória acontece num ano em que João Almeida tem mostrado a faceta mais atacante e dominadora, tendo vencido uma etapa no Paris-Nice, seguindo-se duas e a geral final da Volta ao País Basco, a Volta à Romandia, e três tiradas e geral da Volta à Suíça.

No sábado realiza-se a 14.ª etapa, entre Avilés e o Alto de La Farrapona, na extensão de 135,9 quilómetros, com duas contagens de montanha de primeira categoria, a última a coincidir com a meta.

A Vuelta, que termina a 14 de Setembro, tem sido aproveitada para demonstrar solidariedade com o povo da Palestina, que desde Outubro de 2023 está a ser vítima de genocídio. Esta sexta-feira, voltou a realizar-se um protesto contra a presença da equipa Israel-Premier Tech e a favor da causa palestiniana, que interrompeu a 13.ª etapa.


Com agência Lusa

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