Na sua conta de Twitter, Nicolás Maduro, afirmou que «jamais nos cansaremos de denunciar perante o mundo» o bloqueio total imposto pelos Estados Unidos a Cuba, que foi oficializado há 61 anos.
O chefe de Estado referiu-se à política de cerco como um «acto de crueldade que viola os Direitos Humanos dos cubanos, que, com coragem, decidiram lutar e não se render face às imposições imperiais».
Embora o cerco tenha começado desde o triunfo da Revolução, em 1959, foi a 7 de Fevereiro de 1962 que o então presidente John F. Kennedy, mandatado pelo Congresso, declarou o bloqueio total à Ilha.
Antes, a 3 de Fevereiro, o chefe de Estado norte-americano assinou a ordem executiva 3447 que oficializou essa política, classificada pelo governo de Havana como o sistema de medidas coercivas unilaterais mais abrangente, complexo e prolongado alguma imposto a um país.
Também o primeiro-ministro de Cuba, Manuel Marrero, recordou no Twitter a declaração oficial do bloqueio contra o país caribenho, tendo reafirmado a necessidade do seu levantamento.
«São inumeráveis os danos provocados durante estos 61 anos», escreveu Marrero na rede social, acrescentando: «Não nos cansaremos de exigir o fim deste injusto cerco, que impede o desenvolvimento do nosso país e nos afecta a todos.»
As autoridades cubanas, que têm denunciado reiteradamente o bloqueio como o principal motivo que impede o desenvolvimento do país, classificam-no como um «acto de genocídio», tendo em conta o seu propósito declarado e a sua engrenagem política, legal e administrativa.
A preços correntes, as autoridades cubanas estimam que os danos acumulados ao longo de seis décadas de aplicação do bloqueio tenham um valor superior a 150 mil milhões de dólares, refere a Prensa Latina.
Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, em 2017, as medidas punitivas contra a Ilha intensificaram-se com a implementação de 240 novas sanções, a maior parte das quais se mantém intocada pela administração de Joe Biden.