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Israel torturou trabalhadores da ONU, denuncia relatório da UNRWA

Para forçar vários trabalhadores da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) a afirmar supostas ligações, infundadas, ao Hamas, Israel recorreu a «espancamentos, waterboarding e ameaças de morte às família». 

Protesto de solidariedade com os palestinianos detidos em prisões israelitas, na cidade de Nablus. Familiares seguram fotografias dos presos e exigem a sua libertação. Em Abril de 2020 havia 194 menores palestinianos presos em cadeias e centros de detenção israelitas. Nablus, Norte da Cisjordânia ocupada, 9 de Novembro de 2021
Protesto de solidariedade com os palestinianos detidos em prisões israelitas, na cidade de Nablus. Familiares seguram fotografias dos presos e exigem a sua libertação. Em Abril de 2020 havia 194 menores palestinianos presos em cadeias e centros de detenção israelitas. Nablus, Norte da Cisjordânia ocupada, 9 de Novembro de 2021CréditosAlaa Badarneh / EPA

Os funcionários da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) «foram ameaçados e coagidos pelas autoridades israelitas durante a sua detenção e pressionados a prestar falsas declarações contra a agência», nomeadamente a alegação de que a agência «está associada ao Hamas e que funcionários da UNRWA participaram nas atrocidades de 7 de Outubro de 2023». O relatório de 11 páginas, ainda não publicado, foi, em parte, divulgado recentemente pela Reuters.

Israel recorreu a «espancamentos, waterboarding e ameaças de morte às famílias» de trabalhadores palestinianos da UNRWA para os forçar a afirmar ligações ao Hamas que não existiam.

É mais uma pesada derrota para a propaganda israelita e as suas débeis tentativas de justificar o massacre que está a cometer em Gaza, propaganda essa que apenas tem respaldo nas instituições ocidentais e numa comunicação social a soldo. A fraqueza das alegações já se começava a evidenciar quando, depois da decisão precipitada de vários países ocidentais (e da União Europeia) em retirar o financiamento a esta agência da Organização das Nações Unidas, silenciosamente reverteram esses cortes.

À Reuters, a directora da comunicação da UNRWA, Juliette Touma, explicou que o relatório, produzido em Fevereiro de 2024, será entregue a agências internacionais, dentro e fora da ONU, depois do final da guerra, para investigar (várias) potenciais «violações dos direitos humanos». 

Para além dos maus tratos sofridos por pessoal da UNRWA detido em Israel, vários presos palestinianos descreveram, de uma forma mais geral, recorrentes «maus tratos, incluindo espancamentos, humilhações, ameaças, ataques com cães, violência sexual e assassinato de detidos a quem foi negado tratamento médico», refere o relatório.

A UNRWA documentou a libertação de 1 002 presos palestinianos em Kerem Shalom, com idades compreendidas entre os 6 e os 82 anos, até ao passado dia 19 de Fevereiro. As alegações presentes no relatório são suportadas em várias entrevistas realizadas com estes detidos.

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