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|direitos humanos

Israel quer apagar do mapa comunidade beduína na Cisjordânia

O MPPM condena a intenção de Israel de expulsar a comunidade palestiniana de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas. É uma «flagrante e grosseira violação» do direito internacional, denuncia. 

«Israel procura tornar a vida dos palestinianos um inferno, confiscar-lhes as terras, forçá-los a partir», critica o MPPM
«Israel procura tornar a vida dos palestinianos um inferno, confiscar-lhes as terras, forçá-los a partir», critica o MPPMCréditosAbir Sultan / EPA

Numa nota enviada às redacções, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) afirma que Israel quer deslocar os habitantes de Khan al-Ahmar para a aldeia de Al Jabel, situada junto da lixeira de Abu Dis.

A expulsão está iminente, apesar de suspensa temporariamente por uma providência cautelar do Supremo Tribunal de Israel, tendo já o Ministério da Defesa mandado proceder à afixação de avisos a alertar os habitantes da aldeia para a sua expulsão.

Entretanto, o MPPM avisa que «já se iniciou a construção de uma estrada que permitirá o acesso ao local – entretanto declarado zona militar fechada – de máquinas destinadas à demolição», mas adverte que a destruição de Khan al-Ahmar «faz parte de um quadro mais vasto».

Expulsar esta comunidade do chamado Corredor E1 «permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Ma'ale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40 mil habitantes», defende.

«Agindo deste modo, Israel cortaria a contiguidade territorial da Cisjordânia, separando de facto o Norte e o Sul, e impossibilitaria que Jerusalém Oriental se viesse a tornar a capital de um futuro Estado palestino, pondo assim directamente em causa a solução dos dois Estados que é conforme com as resoluções da ONU e era consensual na comunidade internacional até às recentes inflexões de política da administração Trump», lê-se na nota.

Acrescenta que se insere também no alargamento da colonização israelita, anexando a Jerusalém os colonatos adjacentes de Ma'ale Adumim, Givat Zeev, Beitar Illit e Gush Etzion, «o que de um dia para o outro consolidaria a "judaização" da cidade e isolaria Jerusalém Oriental do restante território palestino».

O movimento chama a atenção para a «flagrante e grosseira violação» do direito internacional, nomeadamente da IV Convenção de Genebra, que proíbe a transferência forçada da população civil de um território ocupado. Ao mesmo tempo condena o Governo português pelo «continuado silêncio», em oposição ao «coro de repúdio que se faz ouvir por todo o mundo».

Condições de vida desumanas

Khan al-Ahmar é uma aldeia beduína palestiniana de cerca de 40 famílias originárias do deserto de Negev (no Sul de Israel), de onde foram expulsas pelos militares israelitas na década de 1950.

As condições de vida são feitas de carências. Desde infra-estruturas básicas como electricidade, água canalizada, esgotos e estradas que, critica o MPPM, «Israel se nega a fornecer-lhes». 

«Israel considera que as construções em Khan al-Ahmar e outras aldeias são ilegais, mas não concede autorizações de construção aos beduínos, a quem não resta opção que não seja construir sem autorização», alerta no comunicado, admitindo que Israel tem como objectivo «acabar o que não foi terminado em 1948». 

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