De acordo com a nota divulgada pelo ministério, 35 das vítimas mortais eram da província de Jenin e 21 da de Nablus, ambas localizadas no Norte da Cisjordânia ocupada.
As cidades de Jenin e Nablus, capitais das províncias homónimas, são consideradas bastiões da resistência palestiniana à ocupação e, por isso, são alvos constantes das operações das forças israelitas.
Na mesma nota, o Ministério da Saúde refere que, em 2023, sete pessoas foram mortas pelos agressores israelitas na província de Hebron (al-Khalil) e seis em Jerusalém Oriental ocupada.
Como resultado da acção das forças de ocupação, também perderam a vida palestinianos nas províncias de Jericó, Qalqilya, Ramallah, Belém, Tubas e Salfit, além de dois na Faixa de Gaza cercada.
Os assassinatos mais recentes foram perpetrados ontem, na sequência de uma incursão de uma unidade de operações especiais israelita em Jenin. O Ministério da Saúde identificou-os como Omar Awadin, de 16 anos, Nedal Khazem, de 28, Youssef Shreim, de 29, e Louay al-Zughair, refere a agência Wafa, sem especificar a idade do último.
Pouco depois, Nabil Abu Rudeineh, representante da Presidência palestiniana, denunciou o «novo pogrom» e afirmou que «as contínuas agressões israelitas confirmam que Israel não está interessado de todo em acalmar a situação e evitar que exploda, contrariamente aos esforços internacionais que visam evitar uma escalada no mês do Ramadão».
«Já não bastam as condenações», disse Rudeineh, que pediu medidas práticas à Casa Branca para travar as medidas unilaterais do seu aliado israelita.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh, também se referiu aos «assassinatos em curso», sublinhando que são o resultado da «impunidade» e da «falta da responsabilização».
Esta sexta-feira, refere a Wafa, foi decretada uma greve geral na província de Jenin, em protesto pelos assassinatos. A paralisação alastrou a outras partes da Cisjordânia ocupada, com comércio, escolas, universidades e transportes a não funcionarem.