Na sequência do acordo de cooperação mútua firmado em 11 de Abril, no Paraguai, entre a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) e a Associação Israelita de Futebol, que poderá levar Israel a participar em futuras edições da Copa América, a Plataforma Internacional de Solidariedade com a Causa Palestina deu uma conferência de imprensa, no passado dia 9, na Casa Andrés Bello, em Caracas, para vincar a sua oposição.
Hindu Anderi, coordenadora geral da plataforma, repudiou a celebração do acordo, tendo em conta o «genocídio cometido pelas forças israelitas» contra o povo palestiniano.
Em seu entender, «Israel não pode participar com a cara lavada em qualquer competição» desportiva, organizada pela Conmebol ou outra entidade, e, neste sentido, pediu às autoridades desportivas mundiais que actuem em conformidade, porque o «desporto promove os valores da paz, do respeito e princípios a favor da união entre os povos».
Na mesma ocasião, Anderi instou todas as profissões e disciplinas do mundo, da esfera desportiva, cultural, educativa, a rejeitar o «extermínio ou limpeza étnica» em curso na Palestina, refere o portal ciudadccs.info.
Também membro da plataforma, o professor Emilio Silva reforçou essa denúncia, pedindo solidariedade com a Palestina e criticando as «pretensões do imperialismo euro-norte-americano e do sionismo internacional em executar uma limpeza étnica».
Organizações sociais do Equador enviam carta ao presidente da Conmebol
Na missiva dirigida ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, a Alianza Latinoamericana por Palestina contra el Apartheid, a Asociación Ecuatoriana de Amistad con el Pueblo Saharaui e el Centro de Documentación en Derechos Humananos Segundo Montes Mozo expressaram a sua preocupação com o acordo Conmebol-Israel.
«Fazemos chegar o nosso pedido, o do povo palestiniano e o de organizações sociais, para que a equipa israelita não participe nos torneios internacionais de futebol sul-americanos, por contradizer os valores da Confederação, entre eles a solidariedade», afirma a carta.
O documento, a que a agência Prensa Latina teve acesso, refere-se às provas do genocídio contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza cometido por Israel, bem como à «violação aberta de normas e princípios humanitários».
As organizações subscritoras lembram ainda que a Federação de Futebol da Ásia Ocidental pediu à Federação Internacional de Futebol (FIFA) que exclua Israel «de todas as actividades relacionadas com o futebol», em virtude das acções que está a levar a cabo em Gaza.
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