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ALBA relembra a catástrofe vivida pelo povo palestiniano

Numa cerimónia em Caracas, Jorge Arreaza condenou o sofrimento que Israel e outros países provocam na Palestina há 77 anos. «O projecto de despejo da Palestina não parou», disse.

Jorge Arreaza, secretário executivo da ALBA, e Fadi Alzaben, embaixador da Palestina na Venezuela, foram dois intervenientes destacados na cerimónia desta quinta-feira Créditos / albatcp.org

Jorge Arreaza, o secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), presidiu ao evento «77 anos da Nakba: resistência e memória. A Palestina pertence aos palestinianos, jamais a abandonaremos», que teve lugar esta quinta-feira na capital venezuelana.

Na presença de embaixadores de países-membros do bloco e de outros convidados, Arreaza referiu que a criação do Estado de Israel, há mais de sete décadas, provocou «a deslocação forçada e a morte de dezenas e centenas de milhares» de pessoas «da Palestina diversa».

De acordo com uma nota divulgada pelo organismo regional, o responsável da ALBA-TCP condenou a morte e o sofrimento provocados pela entidade sionista e outros países no território da Palestina, e chamou a atenção para o facto de o projecto de despejo do povo palestiniano «não ter parado».

O secretário executivo disse ainda que na Venezuela e nos países do bloco de integração latino-americano e caribenho se defende sempre a causa palestiniana e que, quando esta é referida, «o consenso no apoio é sempre imediato».

«É um desejo do Sul Global continuar a defender este Estado e que se respeite a paz com soberania do povo sagrado da Palestina», frisou.

Lutar contra o sionismo e o genocídio

Por seu lado, o embaixador palestiniano em Caracas, Fadi Alzaben, denunciou o horror que «o nosso povo» vive diariamente, tendo acrescentado que até ao momento mais de 40 mil pessoas foram mortas e mais de dois milhões foram deslocadas, em virtude da política criminosa de Israel.

Sublinhando que o seu povo começou a sofrer o «processo colonial» iniciado por Israel há 77 anos, «à custa de centenas de milhares de palestinianos que foram mortos», Alzaben defendeu que «o mundo inteiro deve lutar contra o sionismo e o genocídio», que nos últimos meses assassinou milhares de crianças e deixou milhões sem casa.

Ao agradecer, em nome do seu povo, a iniciativa promovida pela ALBA-TCP, o embaixador exortou a manter a luta pela Palestina e a exigir o direito à alimentação, à saúde e à vida.

No final do evento, os participantes puderam a exposição «Resistência e Memória», patente na sede da Secretaria Executiva do organismo regional.

Também na quinta-feira, o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros declarou em comunicado que a Nakba ou «catástrofe» não é uma lembrança do passado e que se trata de «uma ferida aberta que sangra com cada acto de agressão, com cada criança assassinada, com cada lar destruído».

«Nesta data de profundo significado e memória, o pivô e o governo da República Bolivariana da Venezuela […] abraçam com irmandade e compromisso inquebráveis o corajoso e digno povo palestiniano», lê-se no texto.

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