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|Índia

Índia: milhares nas ruas para travar o ataque aos direitos dos trabalhadores

Trabalhadores e agricultores de toda a Índia iniciaram, este domingo, uma «grande mobilização» de três dias contra o «ataque implacável» do governo de Modi aos seus direitos.

CréditosMukund Jha / Newsclick

Convocada por um ampla lista de sindicatos e pelo Samyukta Kisan Morcha (SKM), organismo que reúne sindicatos e associações de agricultores, a mahapadav ou «grande mobilização», entre 26 e 28 de Novembro, teve ontem o seu primeiro capítulo, com milhares de pessoas nas ruas a denunciarem aquilo que classificam como políticas contra os trabalhadores, contra os agricultores e as camadas populares do país sul-asiático.

Na capital federal, Nova Déli, e em estados como Haryana, Punjabe, Tamil Nadu, Bihar, Jharkhand, Himachal Pradesh, Uttar Pradesh ou Assam, o movimento de protesto já ganhou uma dimensão significativa, refere o Newsclick, tendo como alvo as políticas implementadas pelo governo liderado por Narendra Modi.

Mukund Jha / Newsclick

Na capital do país, trabalhadores e agricultores juntaram-se numa mobilização a que aderiram também advogados, intelectuais, estudantes e artistas, e durante a qual os intervenientes denunciaram o «ataque implacável» aos direitos dos trabalhadores e as políticas «autoritárias» do governo central, que foi acusado de «reprimir as vozes da oposição» e de diminuir o papel dessa oposição no processo democrático.

Denúncia das privatizações

Um dos pontos enfatizados durante a acção de protesto foi a privatização em curso das instituições públicas, tendo os manifestantes afirmado que sectores vitais do país, como aeroportos, auto-estradas, caminhos-de-ferro, bancos e fábricas de defesa, financiados com fundos públicos, estão a ser entregues a entidades privadas, prejudicando o país e o futuro dos jovens.

Na mahapadav, foi apresentada uma lista abrangente de reivindicações, em que se incluem a revogação de legislação laboral danosa, segurança social para todos, a suspensão do processo de privatização das empresas estatais e a criação de um preço mínimo de apoio garantido à produção agrícola.

Mukund Jha / Newsclick

As reivindicações apresentadas passaram também pela definição de salários mínimos, a criação de regimes de segurança social para os trabalhadores do sector não organizado ou o reconhecimento do estatuto de trabalhador em diversos sectores, de modo a garantir os seus direitos e medidas de segurança nos locais de trabalho.

Em Déli, os organizadores do protesto revelaram que a «grande mobilização» será concluída amanhã frente à sede do Parlamento nacional, esperando-se que tenha uma dimensão «massiva».

Sector agrícola em crise

Daljit, um dirigente do Sindicato Bharatiya Kisan – Tikait, destacou a situação «terrível» que os agricultores enfrentam em Déli, pois «não são oficialmente reconhecidos como agricultores». «Assim, não recebem quaisquer benefícios a que os agricultores teriam direito», disse.

«O sector agrícola confronta-se cada vez mais com uma crise por causa das políticas anti-agrícolas do primeiro-ministro Modi. O que o governo prometeu antes da conclusão do movimento dos agricultores nas fronteiras de Déli não foi cumprido», denunciou, citado pelo Newsclick.

O dirigente sindical denunciou ainda que, para acabar com qualquer protesto dos agricultores, estes estão a ser intimados pelas autoridades, que aludem a casos antigos e lhes pedem que se mantenham calados. «Isto apesar da promessa do governo de abandonar todos os casos movidos contra os agricultores» que participaram nos protestos entre Novembro de 2020 e Dezembro do ano seguinte, disse.

«Se o governo não ouvir as nossas reivindicações, então mudaremos este governo», afirmou.

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