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Hacker diz que Bolsonaro lhe pediu para invadir urnas

Durante uma Comissão Parlamentar de Inquérito, Walter Delgatti Neto, conhecido como «hacker da Vaza Jato», revelou que o ex-presidente do Brasil lhe pediu para invadir as urnas eletrónicas e ofereceu indulto caso fosse preso ou condenado.

Jair Bolsonaro
Jair BolsonaroCréditos / Estadão

O nome do ex-presidente do Brasil parece ser cada vez mais sinónimo de problemas judiciais. Esta semana houve mais um capítulo da Comissão Parlamentar de Inquérito e a situação não parece melhorar para Jair Bolsonaro. Desta vez, o hacker Walter Delgatti Neto fez um conjunto de declarações que são preocupantes.

Segundo o hacker envolvido no «Vaza Jato», um processo de divulgação de informação confidencial realizado pelo The Intercept Brasil e que demonstram que o processo «Lava Jato» foi fabricado por Sérgio Moro com motivações golpistas, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pediu-lhe para invadir as urnas eletrónicas das eleições de 2022 e ofereceu-lhe indulto caso fosse preso ou condenado.

De acordo com o depoimento, a oferta de indulto do ex-presidente aconteceu durante uma reunião no Palácio do Planalto em 2022, antes das eleições e fora intermediada pela deputada Carla Zambelli, do Partido Liberal. As acusações são ainda mais detalhadas, já que Delgatti afirma que para cumprir o plano, Bolsonaro mandou o general Marcelo Câmara colocá-lo em contacto com técnicos do Ministério da Defesa para obter ajuda.

Como se isto não fosse suficiente, o hacker brasileiro disse ainda que um dos responsáveis pela campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, Duda Lima, pediu que fosse criado um «código-fonte» falso e que esse fosse colocado numa urna de modo a mostrar, em vídeo, que as eleições poderiam estar viciadas e que ao votar-se num candidato, o voto seria sempre registado noutro. 

Também na CPI, Delgatti disse que Bolsonaro lhe tinha dado indicações claras para assumir a autoria das escutas colocadas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Este pedido de Bolsonaro servia apenas para afastar as atenções de si e assim evitar acusações dos partidos de esquerda.

Durante toda a CPI há registos de um grande incómodo de Sérgio Moro que estava presente e que para descredibilizar o hacker evocou os diversos processos criminais em que este está envolvido.
 

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