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A guerra do Iraque: mentira, morte e destruição

Vinte anos depois, importa relembrar a encenação do então secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, através de um rol de falsidades sobre as alegadas «armas de destruição maciça».

Cumprem-se hoje 18 anos do início da Cimeira das Lajes, que ditou a invasão do Iraque, violando o Direito Internacional e a Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). A Guerra do Iraque, na qual Portugal foi envolvido pela mão do governo de Durão Barroso (PSD/CDS-PP), foi orquestrada com base na ficção de que Saddam Hussein dispunha de armas de destruição maciça. Lajes, Ilha Terceira, 16 de Março de 2003
Créditos / DW

O resultado da agressão ao Iraque em 2003 e a espiral de guerra que desencadeou, na sequência da «Guerra do Golfo» de 1991 e de dez anos de imposição de criminosas sanções e ataques à soberania do Iraque, foram milhões de mortos, feridos, desalojados e refugiados.

Um dos países mais desenvolvidos no Médio Oriente, que ao longo de décadas vinha consolidando um regime não confessional, viu a guerra e as sanções destruírem as suas infra-estruturas e economia, com consequências devastadoras para a sua população.

Entretanto, nenhum dos responsáveis pela destruição e ocupação do Iraque ou pelos crimes associados, nomeadamente as torturas nas prisões dos EUA, foi chamado a responder pelos seus crimes. A propósito, importa recordar as declarações da ex-secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, quando afirmou que a morte de meio milhão de crianças iraquianas como resultado das sanções, então em vigor, «valeu a pena».

A verdade é que os colaboracionistas com esta guerra de mentira foram premiados. Por exemplo, Durão Barroso, à época primeiro-ministro e chefe do governo PSD-CDS, que acolheu em Portugal, na Cimeira das Lajes, Bush, Blair e Aznar, foi promovido a presidente da Comissão Europeia no ano seguinte.

Nesta guerra contra o Iraque participaram não só forças militares dos EUA, mas também do Reino Unido, da Austrália e da Polónia, para além de outros países, como Portugal, terem participado na consolidação da ocupação. Aliás, apesar da exigência do Parlamento iraquiano da total retirada de tropas estrangeiras, permanecem no Iraque mais de 2500 soldados norte-americanos, que alimentam a desestabilização no país e na região.

«A guerra do Iraque em 2003 mostrou, de forma inequívoca, que a estratégia agressiva dos EUA e dos seus aliados visa todos os países que afirmem a sua soberania e independência, independentemente dos seus sistemas sociais e económicos.»

Esta guerra é apenas um dos muitos exemplos da estratégia de confrontação promovida pelos EUA e os seus aliados. Basta recordar que, este domingo, 19 de Março, passaram 12 anos sobre o início dos bombardeamentos da NATO contra a Líbia, num momento em que os EUA e os seus aliados punham igualmente em marcha o plano de ingerência e agressão contra a Síria, armando e financiando organizações terroristas e abrindo caminho para a guerra contra mais um país no Médio Oriente. Na próxima sexta-feira, 24 de Março, assinalam-se 24 anos sobre o início dos bombardeamentos da NATO contra a Jugoslávia, na sequência do primeiro de vários alargamentos da NATO ao Leste da Europa. Em qualquer dos casos, sempre ao arrepio do direito internacional, violando a Carta da ONU e os direitos dos povos.

A guerra do Iraque em 2003 mostrou, de forma inequívoca, que a estratégia agressiva dos EUA e dos seus aliados visa todos os países que afirmem a sua soberania e independência, independentemente dos seus sistemas sociais e económicos.

Na realidade, independentemente das crises financeiras mais profundas, nunca faltam os milhões para financiar e promover a guerra, aumentar a exploração, o empobrecimento e a miséria, e o ataque aos direitos dos trabalhadores e dos povos.

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