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|Iraque

Grupos da resistência iraquiana querem forçar a saída das tropas dos EUA

O movimento Kata'ib Hezbollah, que faz parte das Unidades de Mobilização Popular, sublinhou que os militares norte-americanos têm de sair do Iraque e alertou para as operações de falsa bandeira.

Coluna militar das Unidades de Mobilização Popular iraquianas (Hashd al-Shaabi, em árabe), que têm combatido o Daesh, tanto no Iraque como na Síria, ao lado do Exército Árabe Sírio 
Coluna militar das Unidades de Mobilização Popular iraquianas (Hashd al-Shaabi, em árabe), que têm combatido o Daesh, tanto no Iraque como na Síria, ao lado do Exército Árabe Sírio Créditos / PressTV

O movimento da resistência antiterrorista e anti-imperialista, que integra as Unidades de Mobilização Popular (UMP), também conhecidas pela designação árabe Hashd al-Shaabi, anunciou na quinta-feira, em comunicado, que se irá opor com firmeza ao domínio das potências coloniais sobre os recursos naturais do país árabe.

O texto, refere a PressTV, destaca a disposição do Kata'ib Hezbollah para continuar a levar a cabo as suas funções, independentemente das pressões e desafios com que se possa deparar.

«Todos os grupos da resistência se tornaram um espinho para o inimigo americano. Estamos inteiramente preparados para, mais uma vez, expulsar as forças dos EUA para fora do Iraque, com humilhação», lê-se também no texto, citado pela fonte.

«Missões diplomáticas não são um alvo»

Jafar al-Hussaini, representante do Kata'ib Hezbollah, disse que os movimentos da resistência no Iraque não atacariam missões diplomáticas no país, e descreveu os ataques à Embaixada dos Estados Unidos na zona «fortificada» de Bagdade como operações de falsa bandeira, tendo como objectivo enganar os iraquianos.

«As instalações diplomáticas no Iraque não estão na lista de alvos das forças da resistência. Os ataques à Embaixada dos EUA em Bagdade visam criar desequilíbrios e enganar o povo iraquiano», disse Hussaini à cadeia libanesa de TV al-Mayadeen, esta quinta-feira.

Acrescentou que «os responsáveis pelos ataques à embaixada seguem interesses destrutivos» e que «as suas filiações são suspeitas».

Khazali: os EUA não querem sair do Iraque

Qais al-Khazali, líder do movimento Asa'ib Ahl al-Haq, disse que os Estados Unidos não fazem tenções de retirar as suas forças do Iraque, tendo sublinhado que o custo da sua permanência no país será elevado.

«Os voos norte-americanos no país têm objectivos de espionagem. As negociações entre Bagdade e Washington não terão como resultado a retirada das tropas norte-americanas do Iraque. Trata-se apenas de um jogo de enganos», acrescentou.

Khazali qualificou as negociações do governo iraquiano com os Estados Unidos, bem como o acordo que supostamente põe fim às missões de combate norte-americanas no Iraque no final deste ano, como «enganadoras» e «falsas».

Entre os aspectos criticados está o facto de o acordo não afirmar explicitamente a retirada das forças dos EUA do Iraque e não se referir às violações do espaço aéreo pela aviação militar norte-americana.

«Os voos sobre território iraquiano estão a ser realizados para espiar os grupos da resistência. A nossa exigência no que respeita à saída das tropas estrangeiras é legítima», disse Khazali, citado pela PressTV.

Diplomacia em Washington com o clima anti-EUA a crescer no Iraque

Na segunda-feira passada, o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, chegaram a um acordo sobre o fim da presença formal da missão de combate dos Estados Unidos no país árabe, que deverá ocorrer no fim de 2021, mais de 18 anos depois de as tropas dos EUA terem sido enviadas para o Iraque.

O acordo prevê que as forças norte-americanas continuem a operar no Iraque no âmbito daquilo que foi classificado como «papel de aconselhamento».

O sentimento anti-EUA cresceu bastante no Iraque na sequência do assassinato, em Bagdade, a 3 de Janeiro de 2020, de Abu Mahdi al-Muhandis, subcomandante das Unidades de Mobilização Popular iraquianas, juntamente com uma figura de proa na luta antiterrorista e anti-imperialista em todo o Médio Oriente, o general iraniano Qassem Soleimani.

Foram mortos, com outros companheiros, perto ao Aeroporto Internacional de Bagdade, num ataque com drones autorizado pelo então presidente norte-americano Donald Trump.

Dois dias depois, a 5 de Janeiro de 2020, o Parlamento iraquiano aprovou uma resolução a exigir ao governo que pusesse fim à presença no país de todas as forças militares estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos da América.

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