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Iraque acusa coligação liderada pelos EUA de «acção atroz» contra a soberania

O Exército iraquiano responsabilizou a coligação internacional liderada pelos EUA pelo ataque, esta quinta-feira, a um quartel-general da segurança na capital, Bagdade, provocando duas vítimas mortais.

Membros das Unidades de Mobilização Popular no exterior da sua sede, em Bagdade, que foi atacada a 4 de Janeiro de 2024 
Membros das Unidades de Mobilização Popular no exterior da sua sede, em Bagdade, que foi atacada a 4 de Janeiro de 2024 CréditosHadi Mizban / Al Mayadeen

Yahya Rasoul, porta-voz do comandante do Exército iraquiano, qualificou como «flagrante e atroz a acção contra a soberania e a segurança do país», que provocou vítimas e mina o entendimento entre as Forças Armadas e a coligação estrangeira.

Neste sentido, disse que um veículo aéreo não tripulado levou a cabo uma «acção injustificada contra um organismo de segurança iraquiano que opera em conformidade com os poderes que lhe foram atribuídos pelo Comandante-em-Chefe» da instituição militar.

O responsável aludia deste modo ao ataque com drone, perpetrado na zona oriental de Bagdade, contra uma sede das Unidades de Mobilização Popular (UMP) do Iraque, que integram o chamado eixo da resistência anti-imperialista e que Washington acusa de serem pró-iranianas.

A agressão norte-americana provocou a morte de duas pessoas, incluindo o subcomandante das operações na região de Bagdade, Hajj Mushtaq Talib al-Saeedi, e deixou pelo menos outras seis feridas, referem fontes da imprensa.

A este respeito, Rasoul considerou que a agressão representa «uma escalada perigosa e um ataque contra o Iraque, que se distancia do espírito e da letra do mandato e do trabalho para os quais foi criada a coligação internacional no Iraque», indica a TeleSur.

Também a Presidência da República iraquiana, ao pronunciar-se sobre o ataque, o classificou como «violação da soberania e da segurança nacional».

Por seu lado, o Ministério iraquiano dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a agressão a um grupo de segurança ligado ao Comandante-em-Chefe das Forças Armadas e sujeita à autoridade do Estado constitui uma escalada perigosa.

O ataque desta quinta-feira coincidiu com os preparativos das forças iraquianas para as celebrações da fundação do Exército e ocorre num momento em que as forças da resistência no Iraque, em resposta ao massacre israelita na Faixa de Gaza, intensificam os ataques contra as bases ilegais norte-americanas tanto na Síria como em território nacional.

Não é a primeira vez que os Estados Unidos atacam as UMP iraquianas – apresentadas pela imprensa ocidental como milícias pró-iranianas –, que estão integradas nas forças regulares do Iraque e que, destacadas ao longo da fronteira com a Síria, tiveram um papel determinante no combate aos terroristas do Daesh, fazendo também frente à ocupação norte-americana.

Em Janeiro de 2020, num ataque decretado pelo então presidente Donald Trump, os EUA assassinaram o general iraniano Qassem Soleimani e o então subcomandante das UMP Abu Mahdi al-Muhandes.

Ambos se destacaram como figuras cimeiras na luta contra o terrorismo no Médio Oriente, assumindo um papel-chave na derrota do Daesh, sobretudo na Síria e no Iraque.

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