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Greve na Eletrobras denuncia ofensiva privatizadora de Temer

Os trabalhadores da Eletrobras iniciaram à meia-noite deste domingo uma paralisação de 72 horas, em protesto contra os planos de privatização da empresa e em defesa da soberania nacional.

Trabalhadores do sector Eléctrico protestam frente ao Palácio do Planalto, em Brasília (foto de arquivo)
Trabalhadores do sector Eléctrico protestam frente ao Palácio do Planalto, em Brasília (foto de arquivo)Créditos / CUT

No seu portal, a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), organização que representa os trabalhadores do sector Eléctrico em todo o Brasil, afirma que a greve agendada para hoje, amanhã e quarta-feira visa também denunciar «a venda das distribuidoras de energia do grupo» e «o aumento na conta da luz», e exigir a saída do actual presidente da empresa, Wilson Pinto Jr., que «representa a simbologia da privatização e a política de destruição do sector Eléctrico».

«Ao contrário do que o governo diz, a privatização da Eletrobras irá aumentar a conta da luz para o consumidor comum e a greve é um alerta à população sobre esse risco», diz Pedro Blois, presidente da FNU.

«A política de privatização coloca em cheque a soberania nacional no planeamento e na operação da matriz eléctrica brasileira, uma vez que o património do povo será vendido ao capital estrangeiro e, ainda por cima, a um preço de banana», denuncia o dirigente sindical, citado no portal da FNU.

Lembrando a «importância da empresa para a povo brasileiro» – que hoje cumpre 56 anos de existência –, a FNU estima que cerca de 24 mil trabalhadores do grupo Eletrobras participem no protesto, garantindo que os serviços essenciais serão mantidos.

Em comunicado, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manifesta todo o seu apoio à luta dos trabalhadores da Eletrobras e destaca a sua importância no contexto «da grande batalha que a classe trabalhadora trava hoje no Brasil».

«A luta contra a privatização da Eletrobras é a luta em defesa da soberania e do emprego de milhões de brasileiros e brasileiras. Essa luta também é pelo entendimento de que, uma vez privatizada a Eletrobras, o acesso à energia será definido pelo poder de quem pode ou não pagar», lê-se no texto.

Ofensiva neoliberal

Num encontro recente, em Brasília, entre organizações representativas dos trabalhadores do sector Eléctrico e representantes de diversos movimentos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), sublinhou-se que a venda da empresa estatal é uma prioridade na agenda económica de do governo golpista de Michel Temer.

O grupo Eletrobras, que integra empresas de distribuição, geração e transmissão em todas as regiões do Brasil, está na mira do governo Temer há muito tempo, existindo vários projectos de lei e decretos com conteúdo que remete para a sua privatização, segundo explica o Brasil de Fato.

No encontro, Marco Baratto, dirigente do MST, salientou que a defesa da Eletrobras está associada a questões como a soberania energética, a segurança nacional e o acesso a um serviço público de energia de qualidade.

Acrescentou que a venda da empresa se fará sentir fortemente na vida da população camponesa, por via do aumento das tarifas «nos territórios que são [considerados] invisíveis no Brasil», e por via do acesso e da qualidade [do serviço], «porque [este] vai estar na mão de grupos empresariais», disse.

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