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Recursos petrolíferos brasileiros continuam a ser entregues ao capital estrangeiro

Com o leilão de mais três campos petrolíferos, o governo de Temer deu sequência à entrega de reservas às multinacionais. A FUP garante que os trabalhadores se vão mobilizar pela soberania nacional.

Sindicatos e especialistas denunciam a entrega ao capital estrangeiro de recursos naturais por parte do governo de Temer
Sindicatos e especialistas denunciam a entrega ao capital estrangeiro de recursos naturais por parte do governo de TemerCréditos / outraspalavras.net

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis levou a leilão, nesta quinta-feira, os campos de Itaimbezinho e Dois Irmãos, na bacia de Campos, e as de Três Marias e Uirapuru, na bacia de Santos.

Tanto a Federação Única dos Petroleiros (FUP) como especialistas da área enquadraram o episódio na alienação de recursos naturais promovida pelo governo golpista, sublinhando que se trata de mais um passo no caminho que conduz à privatização e ao desmantelamento da Petrobras.

O primeiro campo não recebeu oferta. Os três restantes – com reservas estimadas em 12,132 mil milhões de barris de petróleo – foram arrematados por diversos consórcios por um valor de 3,15 mil milhões reais. Só na área de Dois Irmãos a empresa estatal brasileira foi a vencedora – mesmo assim, apresentando-se a concurso como única concorrente, numa parceria com a Statoil e a BP. Em Três Marias e Uirapuru, a Petrobras perdeu para o capital estrangeiro, tendo exercido o direito de participação na exploração de 30%.

«Sem a FUP, nem 30% a Petrobras teria»

Em declarações ao Portal Vermelho, o coordenador-geral da FUP, Simão Zanardi, lembrou que esses 30% «de participação que a Petrobras garantiu nos campos leiloados só foram possíveis em função da resistência da FUP em 2015 e em 2016, quando a Shell e outras multinacionais, através do projecto de Serra, conseguiram alterar a Lei da Partilha, e tiraram da nossa empresa a exclusividade na operação».

Foi «a resistência da FUP e dos seus sindicatos que garantiu à Petrobras exercer pelo menos a preferência dos 30%, pois o projecto original era acabar também com a participação mínima da empresa», disse, aludindo ao Projecto de Lei no Senado (PLS) 131/2015, de José Serra, que foi aprovado no Congresso Nacional em Outubro de 2016, pouco depois de consumada a destituição da presidente Dilma Rousseff.

Abrir mão de uma riqueza estratégica

«A realização dos leilões, que acontece desde que esse governo assumiu o poder, compromete o futuro do país». O governo usa como argumento «pagar compromissos de curto prazo, em especial com a dívida pública, com o sistema financeiro, com os bancos, e abre mão de uma riqueza estratégica, transferida para as multinacionais», declarou ao Brasil de Fato Felipe Coutinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras.

No mesmo sentido se procunciou o dirigente da FUP: «A entrega dessas reservas está condenando gerações futuras a não poder desfrutar da riqueza desse recurso natural que foi descoberto pela Petrobras e está sendo apropriado pelas multinacionais.» Para Simão Zanardi, o Brasil está a vender «petróleo para depois importar derivados», o que significa acabar com a «produção nacional». «Voltamos ao colonialismo dos tempos de Fernando Henrique Cardoso», denunciou.

Criticando a gestão de Pedro Parente na empresa estatal, o coordenador da FUP avisa que os trabalhadores do sector petrolífero vão continuar mobilizados na luta pela «soberania nacional» e contra o desmantelamento da Petrobras.

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