O Press Club of India (PCI), o Indian Women's Press Corps (IWPC), a Press Association, o Delhi Union of Journalists (DUJ) e a Working News Cameramen's Association emitiram um comunicado conjunto, esta quinta-feira, em que expressam a sua «enorme preocupação» e «forte condenação» relativamente à acção recente, levada a cabo pelo Ministério indiano da Electrónica e da Tecnologia da Informação, de bloquear os portais de notícias Kashmir Walla e Gaon Savera, bem como os seus perfis associados nas redes sociais.
As associações sublinham o carácter arbitrário da acção, uma vez que, «aparentemente, nenhum motivo foi apontado para justificar a medida drástica».
Neste sentido, sublinham, a decisão do ministério de bloquear o acesso às plataformas noticiosas referidas «levanta sérias questões sobre o estado da liberdade de imprensa e a liberdade de expressão» na Índia.
As plataformas afectadas afirmam que a acção foi tomada sem aviso prévio, comunicação oficial ou possibilidade das partes envolvidas deliberarem sobre as potenciais questões em causa.
Esta decisão unilateral é encarada pelas organizações de jornalistas como uma «violação dos direitos fundamentais consagrados na Constituição» da Índia.
Acrescentam, no comunicado conjunto, que «uma paisagem mediática diversa e vibrante é essencial a uma democracia saudável» e que «a liberdade de imprensa constitui a pedra angular deste ambiente».
«O bloqueio arbitrário da presença digital do Kashmir Walla não só asfixia esta liberdade, como dificulta o acesso do público a diversas fontes de informação», afirmam.
A detenção recente do editor do Kashmir Walla «sem justificação transparente» envia uma «mensagem assustadora» aos jornalistas de todo o país, afirmam, pedindo ao governo que permita aos profissionais da comunicação social realizar o seu trabalho «sem receio de represálias ou intimidação».
Neste contexto, as várias associações de jornalistas exigem a imediata reposição das plataformas noticiosas afectadas, e dizem esperar que o Kashmir Walla e o Gaon Savera «possam continuar a operar sem impedimentos ou medo».
«Defendemos a liberdade de imprensa, o jornalismo responsável e o direito de qualquer cidadão a aceder à informação de forma livre», afirmam.
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