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|Afeganistão

Garantir a paz no Afeganistão, com direitos e soberania

«A guerra contra o Afeganistão não é a solução para os problemas do terrorismo. Antes está a causar novas tragédias ao povo afegão», avisava em 2001 o CPPC, que vê agora confirmado o cenário para que alertava.

Paraquedistas norte-americanos numa operação em Lwar Kowndalan, Afeganistão, em Outubro de 2005
Paraquedistas norte-americanos numa operação em Lwar Kowndalan, Afeganistão, em Outubro de 2005Créditos

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) reafirma a solidariedade ao povo afegão, que «enfrenta as dramáticas consequências de décadas de ingerência, desestabilização e guerra promovidas pelos Estados Unidos da América, a NATO e os seus aliados».

Numa nota emitida na passada sexta-feira, o organismo solidário português afirma que a retirada das tropas norte-americanas e das dos seus aliados, que ocupam militarmente o Afeganistão há duas décadas, e a tomada do poder pelos talibãs, representam «uma inequívoca derrota de todos quantos apostaram na guerra e na ocupação para impor os seus interesses».

Recordando que, desde o início, se opôs à guerra dos EUA e da NATO contra o Afeganistão, bem como à associação de Portugal a «esta agressão contra outro povo», nomeadamente por via da participação das Forças Armadas portuguesas, o CPPC lembra ainda que, logo em Outubro de 2001, alertou que «a guerra contra o Afeganistão não é solução para os problemas do terrorismo. Antes está a causar novas tragédias ao povo afegão».

Passados quase 20 anos, confirma-se aquilo que CPPC afirmou: centenas de milhares de pessoas mortas e feridas; tortura; aumento da produção de ópio; um regime imposto pelos ocupantes que se caracterizou pela ilegitimidade e corrupção; e a pobreza da esmagadora maioria da população são alguns dos aspectos que, destaca o CPPC, marcam a realidade deste país da Ásia Central, onde «milhares de milhões foram gastos com a guerra» e «milhões de pessoas foram obrigadas a deslocarem-se para outras localidades ou a refugiarem-se noutros países».

EUA, NATO e seus aliados, principais responsáveis pela promoção do terrorismo

Cabe aos Estados Estados Unidos da América, à NATO e aos seus aliados a responsabilidade principal pela «promoção do obscurantismo e do terrorismo» no país da Ásia Central, defende o CPPC, assim como pela sua «acção desestabilizadora e agressiva contra a República Democrática do Afeganistão, proclamada em Abril de 1978 na sequência da Revolução Saur».

«A República Democrática do Afeganistão significou importantes conquistas e progressos sociais, nomeadamente a instituição de direitos para as mulheres afegãs», sublinha o organismo solidário português, que destaca o modo como «o financiamento e armamento dos EUA e seus aliados aos então chamados mujahidin e, posteriormente, aos talibãs, mergulhou o Afeganistão na guerra, no retrocesso social, no obscurantismo, atingindo particularmente as mulheres e os seus direitos».

«Os EUA e seus aliados – afirma o CPPC – aplicaram as mesmas práticas de ingerência e subversão noutros países, incluindo a instrumentalização de grupos de cariz fascista e terrorista, como na Síria – com a Al-Qaeda ou o ISIS – ou na Ucrânia – com o Sector de Direita ou o Batalhão Azov –, para impor mudanças de regime e alcançarem os seus objetivos.»

Neste sentido, e apelando à necessidade de retirar lições dos acontecimentos no Afeganistão, o organismo de defesa da paz reafirma que cabe ao povo afegão, como a todos os outros povos do mundo, decidir o seu destino sem ingerências externas.

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