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As paralisações dominaram o dia

França: mais de 400 mil nas ruas contra reformas laborais de Macron

A França está a viver um dia de protestos contra o pacote de medidas que o governo de Emmanuel Macron pretende implementar, que se traduzem na perda de direitos para quem trabalha e na degradação do serviço público. 

CréditosIan Langsdon/EPA / Agência Lusa

Dados provisórios avançados às 16h30 [hora local] pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) dão conta que as manifestações convocadas esta quinta-feira reuniram mais de 400 mil pessoas por todo o país.

A CGT é uma das sete estruturas sindicais que convocaram a jornada de luta contra a perda do poder de compra, pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pela manutenção de sectores estratégicos na alçada do Estado. 

Em causa estão medidas anti-laborais como o corte de 120 mil postos de trabalho na função pública, a desregulação das leis laborais e a redução do orçamento do sector ferroviário em 60 mil milhões de euros, apresentadas por Emmanuel Macron com o objectivo de reduzir a dívida e chegar aos 3% de défice impostos pela União Europeia de forma aleatória.  

A greve e a manifestação desta quinta-feira, que juntou em Paris cerca de 25 mil trabalhadores ferroviários, foi a primeira de uma série de protestos previstos neste sector para os próximos meses, estando já agendadas paralisações a partir do dia 3 de Abril, de dois em cada cinco dias, até 28 de Junho. Isto se não houver acordo com o governo de Macron, que classificam de «autoritário».   

Entre as várias ofensivas está a transformação da empresa pública de caminho-de-ferro (SNCF) numa empresa de capitais mistos (públicos e privados), prevendo-se que essa seja a antecâmara da privatização da empresa. 

Os trabalhadores denunciam ainda o desinvestimento em percursos menos lucrativos, contestando igualmente a abertura à exploração privada da linha férrea pública e a retirada de direitos laborais. 

Numa nota remetida esta tarde, a CGTP-IN alertava que, estas medidas, «definidas em sucessivos pacotes ferroviários da União Europeia e que o governo francês procura agora impor, em Portugal já levaram à privatização da CP Carga, à degradação da prestação do serviço público de transporte ferroviário e ao aumento dos preços, bem como à retirada de direitos dos trabalhadores e dos utentes».

Amanhã, 23, será a vez dos pilotos, comisssários de bordo e pessoal de terra da Air France fazerem uma greve para exigirem aumentos salariais de 6%.

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