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Fome afecta mais de meio milhão de pessoas em Gaza

Cerca de 570 mil civis na Faixa de Gaza enfrentam níveis catastróficos de insegurança alimentar, alertou esta terça-feira um representante do Programa Alimentar Mundial (PAM).

Palestinianos à espera de comida em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza 
Palestinianos à espera de comida em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza Créditos / PressTV

«O risco de fome aumenta a cada dia, uma vez que o conflito continua a limitar a entrega de ajuda alimentar que salva vidas», disse Abeer Etefa, porta-voz da organização para o Médio Oriente e o Norte de África.

De acordo com a responsável do PAM, a Faixa de Gaza reúne «a maior concentração de pessoas em condições semelhantes às da fome em qualquer parte do mundo».

«Também é extremamente preocupante a forma rápida como chegámos a este ponto», disse.

A agência das Nações Unidas notou ainda que as crianças que tinham sido evacuadas para receber tratamento no lado egípcio da fronteira pareciam desnutridas, com baixo peso e «extremamente magras».

«Se não tivermos outra pausa humanitária, um cessar-fogo, mais acesso às pessoas, vamos ver estas pessoas, que já estão a passar fome, numa situação muito difícil», acrescentou Etefa, citada pelo portal news.un.org.

Por seu lado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um novo apelo ao respeito pelas instalações hospitalares, num contexto em que algumas delas continuam a ser assediadas pelas forças de ocupação sionistas.

Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, afirmou ontem que o Hospital Al-Khair era «um dos dois hospitais a ser atacados agora», enquanto o Hospital Nasser, também Khan Younis, se encontrava «praticamente cercado», não havendo forma de entrar ou sair.

O responsável da OMS, que se mostrou bastante preocupado com a situação dos pacientes, explicou que há apenas 14 hospitais a funcionar em Gaza – sete no Norte e sete no Sul –, onde «as necessidades de saúde são esmagadoras», após mais de três meses de bombardeamentos de pelas forças israelitas.

Lindmeier, que considerou a situação como «absolutamente inaceitável», disse que cerca de 20 unidades hospitalares deixaram de funcionar no território palestiniano.

Dezenas de mortos em ataques israelitas

Ontem à noite, a agência Wafa dava conta de bombardeamentos em vários pontos do enclave costeiro palestiniano, com dezenas de vítimas mortais e feridos, em Jabalia (Norte), Nuseirat (Centro), Rafah e, em especial, Khan Younis (Sul).

A cidade de Khan Younis tem sido o alvo mais massacrado pelas forças israelitas nas últimas horas, com a ocupação a dar ordem de evacuação à população que se encontra na área onde fica o Hospital Nasser.

Uma mulher no meios dos destroços de edifícios bombardeados pelas forças israelitas de ocupação na Faixa de Gaza / Anadolu

Segundo revela a cadeia Al Jazeera, a organização Médicos Sem Fronteiras deu conta de intensos bombardeamentos em torno da infra-estrutura hospitalar, acrescentando que era impossível evacuar os milhares de pessoas que estavam no seu interior.

Também o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) abordou os intensos bombardeamentos israelitas na cidade no Sul da Faixa de Gaza, revelando que os médicos no Hospital Nasser estavam a trabalhar «enquanto os destroços lhes caíam na cabeça».

O organismo confirmou a ordem de evacuação dada pelas forças de ocupação aos cerca de 90 mil residentes e 425 mil deslocados que se encontram apinhados em Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas, que atingiram a sede do Crescente Vermelho palestiniano na cidade, matando três pessoas que ali procuravam refúgio.

O número de vítimas mortais da actual agressão israelita contra Gaza já ultrapassou os 25 500, enquanto o número de feridos é superior a 63 400, segundo as autoridades palestinianas.

Também ontem, a UNOCHA informou ter registo de 444 ataques perpetrados por colonos judeus contra a população palestiniana na Margem Ocidental ocupada, um terço dos quais com recurso a armas de fogo.

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