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Exército sírio liberta Khan al-Assal e repele ofensiva apoiada pelos turcos

Unidades do Exército Árabe Sírio reconquistaram Khan al-Assal, uma localidade na província de Alepo que a Frente al-Nusra dominara em Julho de 2013, executando depois dezenas de soldados sírios.

Soldado sírio após a libertação de Alepo, no final de 2016, após mais de quatro anos de ocupação por forças terroristas
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Com a reconquista, esta terça-feira, de Khan al-Assal e dos bairros no sector de al-Rashidin 4, junto à cidade de Alepo, o Exército Árabe Sírio (EAS) completou a libertação de todo o lado oriental da auto-estrada M5 (Alepo-Damasco-fronteira com a Jordânia), noticia a agência SANA.

A mesma fonte refere que o EAS repeliu uma grande ofensiva das forças jihadistas, apoiada pelas tropas turcas, nas imediações da localidade de al-Nairab, a ocidente de Saraqib, na província de Idlib.

O EAS destruiu carros-bomba conduzidos por suicidas da Hayat Tahrir al-Sham e resistiu a intenso fogo de artilharia lançado pelas tropas turcas, enquanto centenas de terroristas avançavam para tentar recuperar al-Nairab, informou a televisão estatal, referida pela Prensa Latina.

Algumas fontes avançaram ontem que as tropas sírias e aliadas tinham assumido o controlo total da M5, mas tal informação não é confirmada nem pela SANA nem pela Prensa Latina, que afirma, antes, que o EAS está à beira de anunciar a libertação completa dessa auto-estrada estratégica para o país arábe.

Síria denuncia «agressão turca»

O governo sírio emitiu um comunicado, esta terça-feira, em que condena o envio de mais tropas, por parte da Turquia, para as províncias de Alepo e Idlib, sublinhando que tais acções não irão salvar os grupos terroristas que estão a atacar a população civil.

No texto, citado pela PressTV, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros reafirma «a rejeição categórica de qualquer presença turca em território sírio» e afirma que tal «constitui uma violação flagrante do direito internacional e da soberania da Síria», contradizendo além disso «os termos do que foi acordado em Astana e Sochi sobre a Zona Segura em Idlib».

A ingerência militar turca é «uma tentativa de salvar os seus mercenários terroristas que estão a ser derrotados pelo Exército Árabe Sírio», defendem as autoridades sírias, que apelam à comunidade internacional para que «tome as medidas necessárias para travar o comportamento hostil da Turquia e o seu apoio ilimitado ao terrorismo na Síria e na Líbia».

Erdogan ameaça a Síria e Moscovo responde que a Turquia «não cumpriu»

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem acusado o EAS de atacar aldeias e tropas turcas na província síria de Idlib, e, hoje, ameaçou mesmo investir contra as tropas de Damasco em qualquer ponto da Síria, caso as tropas de Ancara voltem a ser atacadas.


Em resposta, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse à imprensa que o EAS está a levar a cabo acções contra grupos terroristas na província de Idlib, não civis, e lembrou que a Turquia falhou o compromisso assumido de limpar de grupos jihadistas a Zona Segura de Idlib – apesar de ter prometido fazê-lo no âmbito do acordo de cessar-fogo, alcançado em 2018, por Moscovo e Ancara, revela a RT.

No que respeita ao ataque a tropas turcas, Peskov afirmou que se confirmava um dos «incidentes» apontados por Erdogan e que tal ocorrera porque os turcos não tinham comunicado devidamente a Damasco as movimentações as suas tropas – ocupantes.

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