O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros denuncia, num comunicado hoje emitido, que a entrada de forças militares turcas no país – numa sincronia exposta e a coberto da agressão israelita – confirma a unidade de objectivos «entre o regime turco e a entidade israelita» no que respeita à protecção dos terroristas.
Em declarações anteriores, o Ministério sírio da Defesa havia informado que um comboio militar turco entrara na província de Idlib precisamente quando o país árabe era alvo de uma agressão com mísseis por parte de Israel.
Num momento em que o Exército Árabe Sírio (EAS) e seus aliados avançam a grande ritmo na ofensiva antiterrorista nas províncias de Alepo e Idlib, libertam dezenas de localidades, cercam a cidade estratégica de Saraqib (localizada na confluência entre as auto-estradas M4 e M5) e se aproximam de Idlib (capital da província homómina), os efectivos turcos foram colocados numa frente que abrange as aldeias de Binnish, Ma'ar Masrin e Taftanaz, para criar uma barreira de protecção aos terroristas em Idlib e, segundo denuncia o Ministério da Defesa, impedir as manobras do EAS contra a Jabhat al-Nusra.
Sobre o ataque israelita, a mesma fonte, citada pela agência SANA, indica que ocorreu entre a 1h e as 2h da madrugada, precisando que um grande número de mísseis foram disparados por aviões israelitas, a partir dos Montes Golã ocupados e do Sul do Líbano, contra alvos nos arredores de Damasco e nas províncias de Quneitra e de Daraa. Pelo menos oito soldados ficaram feridos.
Na nota do Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, sublinha-se que a acção turca, em coincidência com a agressão israelita, constitui uma «violação flagrante da soberania da Síria e do direito internacional», e esclarece sobre quem «apoia e protege o terrorismo na Síria».
Para a diplomacia síria, a simultaneidade da agressão israelita e da entrada de forças militares turcas no país «fez cair as máscaras e mostrou a verdadeira cara feia do regime turco, que costumava afirmar a sua hostilidade a "Israel"».
As autoridades sírias afirmam ainda que estes actos de agressão não irão impedir o EAS de prosseguir a luta contra o terrorismo «até que todo o território sírio seja libertado».
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