Num comunicado emitido esta segunda-feira, a YPC afirmou que a coligação «saudita-EUA» está a cometer um acto de «pirataria» ao reter quatro navios, incluindo dois com gás.
«Apelamos ao fim da pirataria e da conduta arbitrária da coligação militar liderada pelos EUA, que apreendem repetidamente navios carregados com derivados de petróleo e os impedem de entrar no porto de Hudaydah», diz o documento, citado pela PressTV.
Dois dos navios, contendo 60 mil litros de petróleo e diesel, foram apreendidos há mais de oito meses, denuncia a empresa.
«O prosseguimento da apreensão de navios com derivados de petróleo pela coligação agressora é uma violação flagrante das normas e tratados internacionais, que criminalizam os danos causados às necessidades da população civil, e nós condenamos o dúbio silêncio internacional sobre a perpetuação deste crime», afirma a YPC, que também culpa as Nações Unidas por não agir.
Apoiada pelos EUA, o Reino Unido e outras potências ocidentais e regionais, a Arábia Saudita lançou, em Março de 2015, uma grande campanha militar de agressão contra o Iémen, tendo por objectivo suprimir a resistência do movimento Huti Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade, sem sucesso.
A agressão militar provocou milhares de mortos, feridos e deslocados, e esteve na origem da mais grave crise humanitária dos tempos modernos, segundo as Nações Unidas.
O porto de Hudaydah, na costa do Mar Vermelho, é de vital importância para o país árabe, uma vez que a esmagadora maioria da ajuda humanitária ao Iémen entra por ali. O bloqueio imposto pela coligação tem sido reiteradamente condenado por organizações de apoio humanitário, apontando-o como responsável pelo aprofundamento das severas carências de que a população sofre.
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