Alguns dos passageiros que iam abordo do Madleen, embarcação da Flotilha da Liberdade, raptados pelas Força de Ocupação Israelitas (IOF) em águas internacionais, continuam detidos pelo regime de Tel Aviv: o silêncio que se faz sentir na União Europeia é ensurdecedor.
Dos 12 activistas raptados, apenas dois mantém-se nas mãos israelitas, sendo que o activista brasileiro, Thiago Ávila, e a eurodeputada franco-palestina, Rima Hassan, antes de serem deportados, estiveram em unidades prisionais separadas, longe dos demais presos, em confinamento solitário.
Segundo o que se sabe, Thiago Ávila encontrava-se na prisão de Ayalon e estava a realizar uma greve de fome e água. De acordo com os advogados da Adalah, organização de direitos humanos para minorias árabes em Israel, o activista brasileiro relatou ter sido maltratado, sem agressão física, isolado à força, confinado numa cela pequena, escura, sem ar e sem contacto com o exterior.
Já Rima Hassan foi mantida em «condições desumanas» na prisão de Neve Tirza. Após ter escrito «Palestina Livre» num muro da prisão de Givon, foi transferida para uma cela pequena, sem janelas, com condições sanitárias extremamente precárias e sem acesso ao pátio da prisão, denuncia o grupo jurídico Adalah, que considera existir uma «grave violação» de direitos.
A Adalah «exige que as autoridades israelenses libertem os voluntários do confinamento solitário, acabem com todas as represálias contra eles e libertem imediatamente os oito, permitindo que retornem ao navio para continuar suas atividades», pode ler-se no seu último relatório.
Em Israel, restam apenas dois dos 12 activistas: Pascal Maurieras e Yanis Mhamdi, ambos franceses. Segundo o que se sabe, ambos permanecem detidos na Prisão de Givon, com deportação prevista para esta sexta-feira.
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