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Desflorestamento da Amazónia em Abril de 2020 é o maior registado em dez anos

Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, a área destruída de floresta atingiu 529 quilómetros quadrados, o que representa um aumento de 171% por comparação com igual período em 2019.

A devastação da floresta amazónica registada neste mês de Abril é a maior dos meses de Abril nos últimos dez anos
A devastação da floresta amazónica registada neste mês de Abril é a maior dos meses de Abril nos últimos dez anos Créditos / Imazon

Os dados divulgados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon; organização não governamental), destacam ainda que a área de floresta destruída neste mês de Abril, equivalente ao território do município de Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul), é a maior dos últimos dez anos – comparando os registos dos meses de Abril desde 2011.

O desflorestamento ocorreu em seis estados brasileiros: Pará (PA), responsável por 32% do desmatamento; Mato Grosso (MT), 26%; Rondónia (RO), 19%; Amazonas (AM), 18%; Roraima (RR), 4%; e Acre (AC), 1%, revela o organismo.

Só dez municípios são responsáveis por mais de metade da devastação florestal, a maioria dos quais está listada como «prioridade de protecção» pelo Ministério do Meio Ambiente: Altamira (PA), São Félix do Xingu (PA), Apuí (AM) e Porto Velho (RO) são os que têm maior área desvastada.

Em declarações ao Brasil de Fato, Cristiane Mazzetti, uma das responsáveis pela Campanha da Amazônia da organização não governamental Greenpeace, disse que o governo de Jair Bolsonaro «implementou uma política anti-ambiental, que enfraqueceu órgãos de controle, seja reduzindo orçamento, seja afastando ou mudando posições estratégicas ou reduzindo o número de fiscalizações. Então, a capacidade de controlar o crime ambiental no Brasil ficou muito menor nesse governo».

Série histórica do desflorestamento nos meses de Abril dos últimos dez anos / Imazon e Brasil de Fato

Povos indígenas atingidos

A devastação da floresta amazónica registada no mês passado também atingiu povos indígenas, sendo a Terra Indígena (TI) Yanomami, localizada nos estados de Roraima e do Amazonas, uma das que, segundo o SAD, tiveram maior área desmatada no mês de abril.

No primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, o desflorestamento da Amazónia foi maior em territórios onde existem povos indígenas isolados. Segundo dados oficiais do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a devastação nas Terras Indígenas em 2019 aumentou 80% por comparação com a registada em 2018. Nos territórios com a presença de povos indígenas isolados, o desmatamento aumentou 113%.

De acordo com um levantamento do Instituto Socioambiental (ISA), a TI Yanomami é uma das mais vulneráveis à pandemia causada pelo novo coronavírus – foram ali confirmados pelo menos 20 casos de infecção –, pelo que os dados relativos ao desmatamento, com aquilo que reflectem de actividades ilegais, trazem preocupações acrescidas para a comunidade.

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