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Alertas de desflorestação na Amazónia bateram recorde em Janeiro

Os alertas de desflorestação da Amazónia no mês passado aumentaram 420% relativamente a igual período de 2021, tendo batido o recorde desde que foi iniciado o registo.

«Rondónia é um estado pensado pela colonização. Tanto para ser corredor para a exportação de alguns produtos como a própria produção», diz Liliane, Won Ancke,n da Comissão Pastoral da Terra de Rondônia
De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, a devastação na região começou a acelerar com o discurso de Bolsonaro na campanha, em 2018 Créditos / Brasil de Fato

O primeiro mês de 2022 foi o pior Janeiro em termos de áreas afectadas por alertas de desmatamento na Amazónia desde 2015, quando teve início a série histórica realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Houve 430 quilómetros quadrados de áreas sob alerta, 420% mais do que no mesmo período do ano passado, revela o Brasil de Fato, acrescentando que, até então, o pior primeiro mês do ano registado pelo governo federal tinha sido o de 2020, com 284 quilómetros quadrados.

Dos oito estados incluídos na chamada Amazónia Legal, Mato Grosso foi o que apresentou o pior resultado, com 147 quilómetros quadrados de áreas sob alerta. Seguiram-se Rondónia (116), Pará (67), Amazonas (44), Acre (9) e Maranhão (2). Os estados de Tocantins e Amapá não tiveram registos neste período.

Os alertas de desflorestação, explica o portal brasileiro, são realizados pelo Sistema Deter – Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que aponta as ocorrências de perda de cobertura vegetal, mas sem produzir dados oficiais. O responsável pelos números oficiais é o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).

Menos fiscalização, mais desflorestação

Tendo por base imagens de satélite, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) estima que a desflorestação na região amazónica acumulada em 2021 tenha sido superior de 10 mil quilómetros quadrados, 29% mais do que em 2020.

Outro estudo, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), analisou o período entre Agosto de 2018 e Julho de 2021, tendo concluído que a desflorestação cresceu 56,6% em comparação com igual período do triénio anterior (2015-2018), atingindo 32 740 quilómetros quadrados – uma área maior do que a Bélgica.

De acordo com o Ipam, a devastação começou a acelerar no segundo semestre de 2018, como consequência do discurso de campanha de Jair Bolsonaro, favorável ao desmantelamento da fiscalização ambiental, a que o então candidato à presidência chamou «indústria da multa no campo».

A influência da impunidade contribuiu para aumentar as infracções ambientais nesta zona, concluiu um estudo feito por sete investigadores de universidades e institutos.

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