No decorrer de um tributo ao povo palestiniano, organizado esta terça-feira na sala Villena da União dos Escritores e Artistas de Cuba (Uneac), em Havana, intelectuais de ambos os países denunciaram «a barbárie israelita e o sequestro da cultura palestiniana», por via de canções, poemas e declarações públicas.
Neste contexto, indica a Prensa Latina, al-Sadani e Alberto Marrero, presidente da Associação dos Escritores da Uneac, assinaram um acordo de colaboração conjunta.
Durante o evento, de forma presencial e à distância, foram transmitidas mensagens de artistas latino-americanos e caribenhos em solidariedade com a causa palestiniana, exigindo «o fim da barbárie e a liberdade para a Palestina».
Esta quarta-feira, um grupo de poetas palestinianos que visitam Cuba participaram numa outra iniciativa, bem como na inauguração da exposição de cartazes «Free Palestina» na Universidade das Artes, de apoio ao país massacrado pelas forças de ocupação israelita desde Outubro último.
Bruno Rodríguez alerta para «crítica situação sanitária» em Gaza
Na sua conta de Twitter (X), o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou, esta quarta-feira, a «crítica situação sanitária em Gaza» provocada pela agressão israelita, sublinhando que tal evidencia a «política de extermínio do povo palestiniano».
O chefe da diplomacia cubana precisou que, no enclave costeiro, há 10 mil pacientes de cancro sem tratamento e que 11 mil feridos precisam de cuidados noutros países, num contexto em que há 700 mil doentes por contaminação e ausência de serviços básicos.
No dia anterior, tanto Rodríguez como o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, denunciaram a cumplicidade dos Estados Unidos no massacre israelita, depois de Washington ter vetado uma resolução apresentada pela Argélia no Conselho de Segurança da ONU a solicitar um cessar-fogo humanitário imediato e o fim da deslocação forçada da população palestiniana.
Desde o início da mais recente agressão israelita contra a Faixa de Gaza cercada, a 7 de Outubro último, quase 30 mil palestinianos foram mortos, sobretudo como consequência dos bombardeamentos da aviação e da artilharia das forças de ocupação.
Esta madrugada, dezenas de pessoas foram mortas e outras ficaram feridas na sequência de mais uma noite de ataques israelitas ao Norte, Centro e Sul do enclave. O Hospital Nasser, em Khan Younis, refere a agência Wafa, permanece há 32 dias sob rigoroso cerco das forças de ocupação.
Na Cisjordânia ocupada, são constantes os ataques de colonos e das tropas israelitas à população palestiniana, em al-Khalil (Hebron), Jerusalém, Tulkarem, Jenin, Nablus ou Qalqilya. De acordo com os dados actualizados pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos, pelo menos 7150 pessoas foram detidas na Margem Ocidental ocupada desde 7 de Outubro último.
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