|UE

Conselho Europeu «de costas voltadas» para as aspirações dos povos 

A acusação é do deputado João Oliveira, para quem o Conselho Europeu insiste numa política de confrontação e guerra, e de escalada armamentista, ao serviço dos interesses dos grupos económicos.  

CréditosOlivier Hoslet / EPA

No rescaldo da reunião do Conselho Europeu de 23 de Outubro, o deputado comunista no Parlamento Europeu acusa a União Europeia de insistir nas políticas neoliberais e militaristas que «estão na causa do retrocesso dos direitos e das condições de trabalho e de vida», mobilizando «milhares de milhões para a guerra e os grupos económicos», mas de não  ter «uma palavra para os baixos salários e pensões ou para a degradação dos serviços públicos na saúde, na educação ou na segurança social». 

João Oliveira chama a atenção para o facto de as questões relativas à habitação inseridas na agenda da reunião do Conselho Europeu terem merecido apenas dois parágrafos do comunicado e sem a adopção de qualquer medida «urgente e concreta». 

O deputado do PCP sublinha ainda o silêncio da União Europeia (UE) perante as mobilizações de trabalhadores de países como a Bélgica ou a Grécia, «contra a imposição de retrocessos nas leis laborais, o aumento da jornada de trabalho até às 13 horas, o aumento da idade da reforma ou o assalto aos sistemas públicos de segurança social para os colocar ao serviço dos fundos especulativos». Aliás, medidas que, segundo João Oliveira, se inserem igualmente no pacote laboral do Governo do PSD e do CDS-PP e que constituem «uma declaração de guerra aos trabalhadores».

João Oliveira acusa também o Conselho Europeu de continuar a fomentar a guerra, o aumento das despesas militares, a escalada armamentista e a política de confrontação no plano mundial, submetendo-se aos interesses dos EUA e da NATO, sem qualquer «esforço sério» para pôr termo ao conflito que se trava na Ucrânia, enquanto expressa preocupações e apela ao cumprimento do cessar-fogo na Faixa de Gaza, evidenciando a «cumplicidade da UE com a política de ocupação, colonização e agressão levada a cabo por Israel contra o povo palestiniano e outros povos da região».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui