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|América Latina

Colômbia a votos, após anúncio de adesão à NATO

Os colombianos votam este domingo para eleger o sucessor do Nobel da Paz Juan Manuel Santos, que anunciou ontem a integração do país no mais agressivo bloco político-militar do mundo, a NATO.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, numa declaração televisiva na véspera da primeira volta das eleições presidenciais. 26 de Maio de 2018
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, numa declaração televisiva na véspera da primeira volta das eleições presidenciais. 26 de Maio de 2018CréditosNelson Cardena / EPA

As eleições presidenciais de hoje são as primeiras após o acordo de paz que tem sido ameaçado pela manutenção da violência dirigida a líderes sociais e antigos guerrilheiros.

A campanha eleitoral foi marcada pela retirada da candidatura da FARC e do seu líder, por razões de saúde e por «ausência de garantias para o exercício político». De acordo com a Telesur, também o candidato Gustavo Petro denunciou indícios de fraude eleitoral, através da manipulação do registo eleitoral.

A segunda volta, caso seja necessária, está agendada para 17 de Junho.

Adesão à NATO levanta novos perigos para a América Latina

O chefe de Estado cessante, que foi distinguido com o Prémio Nobel da Paz de 2016, anunciou ontem que a Colômbia irá pedir a integração na NATO na próxima semana, «na categoria de parceiro global», citado pela agência EFE.

Este passo, a concretizar-se, torna a Colômbia no primeiro país sul-americano a integrar a aliança formada pelos EUA em 1949 para combater a União Soviética e os países socialistas. Nos últimos anos, a NATO transformou-se num instrumento norte-americano para concretizar guerras de agressão por todo o mundo, à margem do Direito Internacional e das Nações Unidas: como aconteceu na ex-Jugoslávia, no Iraque ou na Líbia.

A adesão da Colômbia à Aliança Atlântica pode constituir uma violação de compromissos internacionais que o país assumiu, nomeadamente de desnuclearização da América Latina e das Caraíbas, e pode pôr em causa a sua permanência no Movimento dos Não-Alinhados, como sinalizou há cerca de um ano a anterior ministra venezuelana dos Negócios Estrangeiros, Delcy Rodríguez.

Já no final de 2016, Santos anunciou um acordo com a NATO para uma maior cooperação militar com a aliança. Agora, tem agendado um encontro com o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, em Bruxelas, a 31 de Maio, para formalizar a adesão da Colômbia.

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