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|Síria

Cerco a Raqqa é «destruição, não libertação»

Os ataques aéreos realizados pela coligação internacional são responsáveis pela maioria das mortes de civis em Raqqa, denunciou um jornalista local. Também as Nações Unidas afirmam que os civis estão a pagar um preço «inaceitável» na cidade controlada pelo Daesh.

De acordo com a agência Sana, os aviões da chamada coligação internacional destruíram as pontes antiga e nova de Raqqa, bem como as condutas de abastecimento de água
De acordo com a agência Sana, os aviões da chamada coligação internacional destruíram as pontes antiga e nova de Raqqa, bem como as condutas de abastecimento de águaCréditos / globalresearch.com

Em Junho, as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, lançaram uma ofensiva contra o bastião do Daesh na Síria. De acordo com os dados divulgados esta semana, a ONU estima que cerca de 25 mil civis ainda estejam encurralados em Raqqa, sendo «vítimas do fogo cruzado» da batalha em curso.

No entanto, para o jornalista Musa al-Khalafa não são os cerca de mil terroristas do Daesh ainda presentes na cidade síria os principais causadores da mortandade entre os civis, mas sim os bombardeamentos da chamada coligação internacional.

«O que está a acontecer em Raqqa é destruição e não libertação», disse Khalafa, revelando à RT que «mais de 2000 pessoas foram mortas na sequência dos ataques aéreos da coligação liderada pelos EUA e da artilharia da FDS».

O jornalista afirmou que a aviação da coligação ataca indiscriminadamente civis e refugiados, matando por vezes grupos de 30 a 50 pessoas em esconderijos, tomando-as erradamente como membros do Daesh.

Khalafa disse ainda que muitas famílias foram mortas junto ao rio Eufrates, onde tinham ido buscar água e que outras morreram quando a coligação bombardeou as pontes, que serviam como meio de fuga. Sobre a destruição das pontes, Khalafa frisou à RT que «isso impediu os civis de sair da cidade, não o Daesh», já que os terroristas «podem sair da cidade a qualquer altura – inclusive dos territórios controlados pelas FDS e a coligação», denunciou.

«Isto não é libertação», insistiu. «Falta electricidade, água potável e comida, como pão. As padarias foram destruídas. O hospital nacional e o Al-Salam, que atendiam os civis em Raqqa, foram atacados e completamente destruídos pela coligação internacional. Há dois ou três a funcionar, apenas para o Daesh», disse.

«A coligação liderada pelos EUA não pretendia atacar o Daesh ou locais onde eles se juntam, uma vez que esses locais são do conhecimento público», acusou o jornalista, acrescentando que, quando as FDS ou a coligação falam de confrontos directos com o Daesh, «estão a mentir – não há quaisquer confrontos armados».

Nações Unidas mostram preocupação

Na quinta-feira, um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que tinha conseguido confirmar 151 mortes de civis, resultantes de seis ataques aéreos ou operações no terreno, só em Agosto.

«Dado o elevado número de casos de mortes de civis este mês e a intensidade dos ataques aéreos sobre Raqqa, em conjunto com a utilização de civis, por parte do Daesh, como escudos humanos», a ONU manifesta-se «profundamente preocupada» com o facto de «os civis estarem a pagar um preço inaceitável», lê-se num comunicado das Nações Unidas, citado pela RT.

Entre 1 e 29 de Agosto, a coligação realizou 1094 ataques aéreos em Raqqa e nas suas imediações, e 645 no mês passado, revelou a ONU, tomando como verdadeiros os números apresentados pela coligação internacional.

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