Numa sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) dedicada à situação na Síria, o representante permanente do país levantino junto da ONU, Bashar al-Jaafari, declarou que nenhum Estado aceitaria ficar de braços cruzados quando os terroristas controlam algumas partes do seu território, usam a população local como escudos humanos e atacam com morteiros e bombas civis residentes em aldeias e cidades próximas.
Na ocasião, al-Jaafari teceu críticas ao relatório apresentado pelo Secretário-Geral da ONU sobre a situação na Síria, afirmando que tal documento serve propósitos que nada têm a ver com os interesses do povo sírio, a sua segurança e o seu bem-estar, e repete mentiras lançadas por governos que são hostis à Síria, informa a agência SANA.
O diplomata acusou aqueles que prepararam os relatórios das Nações Unidas sobre a Síria – nomeadamente o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) – de se terem referido brevemente à chamada Coligação Internacional, às tropas de ocupação turcas, às milícias e grupos terroristas, não os classificando como responsáveis pelos actos de agressão e crimes contra a Humanidade que cometeram na Síria.
Quanto às acusações vertidas sobre o governo de Damasco e seus aliados relativas ao bombardeamento intencional de civis e de infra-estruturas civis, o representante sírio demitiu-as como «falsas e sem fundamento».
Tendo por base informação divulgada no relatório, de acordo com a qual milhares de terroristas estrangeiros saíram do campo de al-Houl, na província de Hasaka, Bashar al-Jaafari perguntou para onde foram transportados esses terroristas e que destino lhes será dado. «Vão ser reciclados e reentrar na Síria através da Turquia, como noutras ocasiões?», perguntou.
«Está o Ocidente disposto a discutir o investimento que tem feito no terrorismo?»
Al-Jaafari disse que o investimento no terrorismo se tornou mais importante para alguns países do que investir nos esforços em prol do desenvolvimento sustentável, da protecção do ambiente, da resolução de conflitos e da prevenção da proliferação de armas de destruição massiva, refere a SANA.
«Estão os representantes de alguns estados-membros do Ocidente dispostos a discutir a questão do investimento no terrorismo que têm feito na Síria?», perguntou al-Jaafari, que instou esses mesmos representantes a debater a questão do «terrorismo económico e as políticas de punição colectiva» impostas pelo Ocidente ao povo sírio.
O diplomata sírio acusou ainda a chamada Syrian-American Medical Society – cujo trabalho foi louvado pela delegação norte-americana no CSNU – de estar subordinada aos serviços secretos dos EUA, tendo esclarecido que essa organização não obteve qualquer licença para trabalhar na Síria.
Al-Jaafari explicou que, segundo o seu director executivo, essa organização terá realizado 14 milhões de serviços médicos em Idlib – uma província cujo território está 99% sob controlo da Jabhat al-Nusra. «Isso só pode significar que a sociedade presta ajuda e serviços médicos às organizações terroristas em Idlib», denunciou al-Jaafari.
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