Numa declaração conjunta, ELA (País Basco), CIG (Galiza) e Intersindical (Catalunha) sublinham que, nos últimos anos, têm partilhado «diversas iniciativas, reflexões e estratégias a partir do sindicalismo soberanista e de classe».
«A defesa do direito a decidir e a prioridade dos quadros laborais e sociais próprios como âmbitos de luta para melhorar as condições da classe trabalhadora são a chave do trabalho conjunto das três organizações», lê-se no texto que divulgaram no passado dia 2.
Agora, aquilo que faz unir as três estruturas sindicais é «o genocídio que Israel está a cometer contra o povo palestiniano em Gaza», mais concretamente, a necessidade de se mobilizarem para «exigir medidas políticas e económicas reais e eficazes contra o Estado genocida de Israel».
«Nem um único euro da classe trabalhadora pode acabar nas mãos de qualquer interesse israelita, nem os governos ou as empresas devem comprar ou vender o que quer que seja a Israel», afirmam.
Nesse sentido, ELA, CIG e Intersindical fazem confluir as paralisações que «agendarão para o próximo dia 15 de Outubro» nos seus territórios, com reivindicações partilhadas e «uma aposta renovada na mobilização própria e distinta» nos âmbitos basco, galego e catalão.
«Urge travar o genocídio»
«Urge travar o genocídio» declaram, frisando também a urgência de «impedir que Israel continue a usurpar terras, a deslocar a população local, a implementar estruturas sociais de apartheid e a perseguir todo um povo».
Por isso, as estruturas sindicais exigem que seja aplicado o direito internacional, «em particular a aplicação do direito à autodeterminação dos povos, em toda a Palestina, desde o Rio Jordão até ao Mar Mediterrâneo, garantindo o direito de regresso a todos os refugiados».
Intersindical, ELA e CIG reclamam aos governos da Catalunha, do País Basco e da Galiza, bem como ao executivo espanhol e à Comissão Europeia, que «rompam as relações militares, comerciais e diplomáticas com o Estado genocida de Israel».
Tendo em conta a falta de medidas e de dimensão política destes diversos órgãos, entendem que «a mobilização e a pressão social devem ser determinantes para forçar medidas contra o Estado de Israel».
De acordo com as autoridades de saúde em Gaza, desde o início da agressão israelita à Faixa de Gaza, em Outubro de 2023, os ataques da ocupação provocaram a morte de pelo menos 67 160 palestinianos e deixaram 169 679 feridos. A maior parte das vítimas são mulheres e crianças, refere a Wafa, sublinhando que o número de desaparecidos sob os escombros é indeterminado.
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