O ministro boliviano da Defesa, Edmundo Novillo, confirmou a aprovação de um Decreto Supremo por parte do governo para enviar ajuda humanitária a pessoas afectadas pelas intensas chuvas e cheias no Sul do Brasil.
«Foi aprovado um decreto que nos permite, sobretudo no quadro da complementaridade, no quadro da reciprocidade e da solidariedade, enviar ajuda humanitária ao país irmão», declarou o ministro na semana passada.
A decisão foi tomada depois de se ter ficado a saber que, devido às intensas chuvas e inundações, centenas de pessoas perderam a vida ou desapareceram, muitas casas ficaram debaixo de água e se registaram fortes perdas na agricultura.
Novillo explicou que o envio da ajuda está relacionado com o modo solidário como o Brasil actuou quando a Bolívia enfrentou circunstâncias semelhantes, no início deste ano, e referiu que, sendo um país pequeno, a Bolívia «tem um coração grande e é solidária».
A ajuda foi recolhida pelos trabalhadores dos vários ministérios que integram o executivo, com o da Presidência à cabeça, disse o ministro, que deu conta do envio de dez toneladas de leite em pó, outras dez de arroz, 2,5 toneladas de feijão, 1500 tendas e 2000 mantas.
A recolha de doações continuava a funcionar até hoje, dia em que o material parte do aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz, para o Brasil.
Entretanto, revela a Agencia Boliviana de Información (ABI), o presidente da Bolívia, Luis Arce, comunicou ao seu homólogo brasileiro, Lula da Silva, a sua solidariedade, tendo este agradecido o «gesto».
No final de Abril, o estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, junto ao Uruguai e à Argentina, foi atingido por chuvas fortes e cheias.
De acordo com os dados ontem divulgados, 93% dos municípios do estado gaúcho foram afectados, 157 pessoas perderam a vida e 88 continuam desaparecidas.
Dos cerca de 2,3 milhões de pessoas atingidas, mais de 580 mil continuam desajoladas, 76 mil das quais a residir em abrigos temporários.
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