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Autoridade Palestiniana condena plano expansionista de Telavive

«Todos os colonatos são ilegais», afirmou, esta quinta-feira, um representante da Autoridade Palestiniana em alusão à intenção de Netanyahu de legalizar dezenas de postos avançados na Cisjordânia.

Na imagem, o colonato ilegal de Ramat Shlomo em Jerusalém Oriental ocupada 
Na imagem, o colonato ilegal de Ramat Shlomo em Jerusalém Oriental ocupada Créditos / PressTV

«Todos os colonatos israelitas em terras palestinianas são ilegais, independentemente de quem estiver no poder, e minam qualquer hipótese de alcançar a paz», afirmou Nabil Abu Rudeineh, porta-voz da Autoridade Palestiniana.

Comentando as notícias veiculadas pela imprensa israelita que dão conta de um acordo entre Benjamin Netanyahu, que procura formar um novo governo, e o deputado Itamar Ben Gvir, membro do partido de extrema-direita Poder Judaico, conhecido pelos seus posicionamentos racistas e anti-árabes, Rudeineh disse que quaisquer entendimentos sobre a legalização de postos avançados (também formalmente ilegais em Israel) violam as resoluções das Nações Unidas e o direito internacional, refere a Wafa.

O representante da Autoridade Palestiniana sublinhou que estes «entendimentos» consolidam os colonatos, levam ao confisco de mais terras palestinianas e minam qualquer possibilidade de alcançar a paz e criar um Estado palestiniano, tendo como fronteiras as de 4 de Junho de 1967 e como capital Jerusalém Oriental.

Neste sentido, indica a Wafa, Rudeineh apelou à comunidade internacional para que assuma os seus compromissos.

Legalizar os postos avançados, anuncia Netanyahu

Na quarta-feira, Benjamin Netanyahu, do partido Likud, a quem cabe formar governo (depois das eleições nos territórios ocupados em 1948), afirmou que iria legalizar dezenas (mais de 60) postos avançados na Margem Ocidental ocupada, após um encontro com o político israelita de extrema-direita Itamar Ben Gvir.

De acordo com fontes locais a que The Cradle teve acesso, o acordo entre ambos deve entrar em vigor nos 60 dias subsequentes à tomada de posse do novo governo, permitindo ligar os postos avançados aos sistemas de água, de electricidade e de telemóveis, e fornecendo-lhes apoio financeiro e segurança.

Pelo menos formalmente, estes postos avançados, criados por colonos mais extremistas que os restantes, eram considerados ilegais à luz da legislação israelita. Segundo revela The Cradle, não existem ainda garantias de que o acordo seja aprovado no Knesset (parlamento).

Além disso, a figura de Ben Gvir, conhecida pelo discurso de ódio e racista, e pelo incitamento à violência contra os palestinianos, para quem defende a pena de morte, não é bem vista pelo fiel aliado americano, que já «expressou preocupações» a propósito.

Estima-se que mais de 450 mil colonos israelitas vivam em cerca de 270 colonatos e postos avançados na Cisjordânia ocupada; outros 200 mil residem em Jerusalém Oriental ocupada.

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