No decorrer do seu juramento, que foi antecedido por uma homenagem ao secretário-geral cessante, Ban Ki-moon, António Guterres comprometeu-se a regular a sua conduta tendo apenas em vista os «interesses das Nações Unidas» e a «não procurar nem aceitar instruções de qualquer governo ou outra autoridade externa à organização».
No discurso de tomada de posse, perante o plenário da Assembleia Geral da Nações Unidas, o novo secretário-geral da ONU identificou como prioridades estratégicas do seu mandato o trabalho pela paz, o apoio ao desenvolvimento sustentável e a gestão interna da organização.
António Guterres declarou-se preparado para se envolver pessoalmente na resolução dos conflitos, mas sublinhando a importância de se apostar na prevenção: «Estou preparado para me envolver pessoalmente na resolução de conflitos onde isso trouxer um valor acrescentado, reconhecendo o papel de liderança dos Estados-membros».
«A prevenção é o que os fundadores das Nações Unidas nos pediram para fazer. É a melhor forma de salvar vidas e de reduzir o sofrimento humano. Onde a prevenção falha, devemos fazer mais para resolver conflitos», acrescentou.
Guterres, que entra em funções a 1 de Janeiro de 2017, destacou também a necessidade de se proceder a uma profunda reforma no sistema das Nações Unidas. «Uma maior clareza conceptual e uma compreensão partilhada do objectivo da manutenção de paz devem apontar o caminho para reformas urgentes. Devemos criar um contínuo de paz, desde a prevenção e resolução de conflitos até à manutenção de paz, construção de paz e desenvolvimento», disse.
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