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|Índia

Agricultores indianos marcaram seis meses de luta com grande mobilização

Mesmo com o sofrimento recente bem presente e com um ciclone a atingir Bengala Ocidental e Odisha, milhares de agricultores, trabalhadores, representantes das camadas populares assinalaram o «Dia Negro».

Nos ditritos de Bijnor e Baghpat, em Uttar Pradesh, agricultores com bandeiras negras seguiram nos seus tractores para a fronteira de Ghazipur com Nova Déli para se juntarem aos seus colegas que ali têm estado a protestar há seis meses; muitas mulheres também fizeram questão de participar na caravana 
Nos ditritos de Bijnor e Baghpat, em Uttar Pradesh, agricultores com bandeiras negras seguiram nos seus tractores para a fronteira de Ghazipur com Nova Déli para se juntarem aos seus colegas que ali têm estado a protestar há seis meses; muitas mulheres também fizeram questão de participar na caravana Créditos / Newsclick

A Samkyukta Kisan Morcha – coligação de dezenas de sindicatos de agricultores – tinha convocado um «Dia Negro» para 26 de Maio, a ser observado nos locais de protesto onde os agricultores se mantêm há seis meses, nas entradas da capital, Nova Déli, e também em aldeias e cidades pelo país fora, cumprindo as medidas sanitárias.

De acordo com o portal newsclick.in, a resposta não foi pequena. Aos agricultores, juntaram-se trabalhadores de outros sectores, organizações de jovens, estudantes e de mulheres, camadas populares, perfazendo dezenas de milhares em todo o país – excepto nas zonas afectadas pelo ciclone Yaas – e deixando clara a determinação de ver revogada a legislação que ataca os camponeses e os deixa à mercê do agronegócio.

Nalguns locais, foram queimadas efígies do primeiro-ministro, Narendra Modi, bem como cópias da legislação aprovada, enquanto noutros manifestantes e residentes exibiram bandeiras negras em suas casas, nos seus carros, tractores, nos campos agrícolas e nas ruas, em fábricas e estabelecimentos comerciais.

Amarjeet Kaur, secretária-geral do Congresso dos Sindicatos de Toda a Índia (AITUC), disse que o povo não consegue esquecer a agonia de não ter camas, medicamentos e oxigénio, e de perder os seus próximos e queridos para a morte. Apesar disso, da «indignidade», do «falhanço» e «grande angústia», «com excepção das regiões costeiras de Odisha e Bengala Ocidental, atingidas pelo ciclone Yaas, houve adesão ao Dia Negro em todos os cantos da Índia», disse, citada pelo Newsclick.

Mesmo em Uttar Pradesh, o estado da Índia com mais população (cerca de 200 milhões de habitantes), onde vários dirigentes agrícolas foram colocados em prisão domiciliária na véspera de 26 de Maio, para vergar os protestos, registaram-se múltiplas mobilizações. Nalguns pontos houve confrontos, nomeadamente nas portagens, depois de a Polícia ali ter atacado os manifestantes.

Na Região da Capital da Índia, vários sindicatos filiados no Centro de Sindicatos Indianos (CITU) promoveram mobilizações em mais de 50 locais. Para Anurag Saxena, secretário-geral do CITU, a «enormidade do protesto mostra como as pessoas estão zangadas com este governo, já que permitiu um ataque sem precedentes aos empregos para tornar o patronato mais rico».

Destacou ainda a necessidade de tornar «a vacinação gratuita e universal para salvar o povo trabalhador da pandemia», exigiu apoio imediato para os trabalhadores do sector informal e para os desempregados, bem como alterações aos actuais códigos laborais, que prejudicam os trabalhadores.

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