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|África do Sul

África do Sul pede que Israel seja declarado um «Estado de apartheid»

O governo sul-africano, aliado da Palestina, denunciou a ocupação da Margem Ocidental e o desenvolvimento de novos colonatos como «exemplos flagrantes da violação do direito internacional».

Naledi Pandor intervindo na segunda reunião dos Chefes de Missão Palestinianos em África, que se relaizou em Pretória, a 26 de Julho de 2022 
Naledi Pandor intervindo na segunda reunião dos Chefes de Missão Palestinianos em África, que se relaizou em Pretória, a 26 de Julho de 2022 Créditos / @PalEmbassyZa

«A narrativa palestiniana evoca experiências da própria história de segregação racial e opressão da África do Sul», disse Naledi Pandor, ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, na segunda reunião dos Chefes de Missão Palestinianos em África, que decorreu ontem na capital sul-africana, Pretória.

«Enquanto sul-africanos oprimidos, vivemos em primeira mão os efeitos da desigualdade racial, da discriminação e da negação, e não podemos ficar de braços cruzados quando mais uma geração de palestinianos é deixada para trás», frisou, citada pela Al Jazeera.

Pandor disse que o governo do seu país defende que Israel deve ser classificado como um «Estado de apartheid» e que a Assembleia Geral das Nações Unidas deve criar uma comissão para verificar se são cumpridos os requisitos.

A ocupação, pelas forças de Telavive, de amplos territórios da Cisjordânia e o desenvolvimento de colonatos considerados ilegais pela ONU constituem «exemplos flagrantes da violação do direito internacional», denunciou ainda a ministra, que lembrou a posição «clara e consistente» do seu país em relação à Palestina.

Por seu lado, o ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros, Riyad al-Maliki, que participou no encontro, disse em declarações à South African Broadcasting Corporation (SABC) que, «se há país ou países que possam compreender o sofrimento e a luta pela liberdade e a independência da Palestina, é o continente africano e o povo de África».

Israel «está a cometer os crimes de apartheid e perseguição»

De acordo com um relatório publicado em Junho pelo Centro Al-Mezan para os Direitos Humanos, sediado na Faixa de Gaza cercada, 5418 palestinianos foram mortos em operações militares israelitas contra o enclave costeiro, nos últimos 15 anos. Entre as vítimas, contam-se 1246 menores e 488 mulheres.

Num outro relatório recente, uma comissão de inquérito das Nações Unidas encarregue de investigar eventuais crimes nos territórios ocupados da Palestina estabeleceu que Telavive é responsável por violações graves dos direitos humanos.

Referindo-se a ambos os documentos, Pandor destacou a sua importância para criar consciência a nível mundial sobre «as condições a que os palestinianos são sujeitos», dando «credibilidade e apoio a um conjunto enorme de provas factuais, que apontam, todas, para o facto de que o Estado de Israel está a cometer os crimes de apartheid e perseguição dos palestinianos».

Shireen Abu Akleh não pode ser esquecida

A diplomata sul-africana denunciou há muito o assassinato, em Maio, da jornalista palestiniana da Al Jazeera pelas forças israelitas, quando fazia a cobertura de um raide na cidade de Jenin.

Então, pediu que o crime de Israel não ficasse impune e, ontem, voltou a fazê-lo, em declarações à SABC: «Não podemos deixar passar a questão de Shireen Abu Akleh.»

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