Diana Andringa, Isabel do Carmo e Aurora Rodrigues, a 16 de Outubro, Conceição Matos, Manuela Bernardino e Eulália Miranda, a 30 de Outubro, são as mulheres resistentes antifascistas que, às 15h30, no auditório do Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, em Lisboa, vão falar sobre «as experiências de resistência à ditadura e da luta pelos direitos das mulheres».
Este ciclo de conversas, intitulado «Elas tiveram medo e foram e não foram», inscreve-se na programação paralela da exposição «Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e outras lutas», com a qual o museu revisita a «actualidade da luta das mulheres pelos seus direitos», quando passam 50 anos da escrita da obra que deu origem ao processo das Três Marias.
«Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e outras lutas» é o título da exposição patente ao público no Aljube e que, até ao final do ano, motivará uma ampla programação paralela. «Um livro por três mulheres, decidido em Maio de 1971 e publicado um ano depois, com a primeira edição recolhida e destruída pela censura três dias após o seu lançamento», lê-se no portal do Museu do Aljube – Resistência e Liberdade. Quando passam 50 anos da escrita das Novas Cartas Portuguesas, que deu origem ao processo das Três Marias, o museu revisita a «actualidade da luta das mulheres pelos seus direitos». «A partir da obra singular de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa tentamos compreender o papel da repressão, o valor da solidariedade e a importância da vitória deste processo literário e político», acrescenta o texto de apresentação. Com a exposição temporária «Mulheres e Resistência – Novas Cartas Portuguesas e outras lutas», patente ao público desde 6 de Maio, a instituição pretende «relevar o contributo de tantas mulheres que, com origens e percursos diferentes, inventaram e concretizaram batalhas pelos seus direitos, pela justiça social e pela liberdade, desde os anos 30 até ao 25 de Abril». Todos estes processos, sublinham os organizadores, põem em evidência «o papel insubstituível das mulheres ao longo dos 48 anos de resistência ao fascismo e a sua importância na conquista da liberdade no nosso país». Em exibição até 31 de Dezembro de 2021, no piso 0 do museu (antigo parlatório da cadeia), a exposição servirá de motivação para uma vasta programação paralela, que, segundo os organizadores, visa «ligar múltiplas perspectivas sobre a luta pela igualdade e pela liberdade, o tanto que já foi feito e o muito que continua por fazer». Haverá sessões de conversa, cinedebates, teatro, música, itinerários, visitas e, promete-se, muito mais. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Cultura|
Três Marias, Novas Cartas Portuguesas e luta das mulheres no Museu do Aljube
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Nas conversas anteriores, informa o portal do museu, participaram Helena Neves, Helena Pato, Maria Machado e Sara Amâncio, a 18 de Setembro, e, mais recentemente, a 2 de Outubro, Faustina Barradas e Hermínia Vicente. A entrada é livre, sendo necessária inscrição através do e-mail [email protected].
Cinema e Itinerário
Ainda no contexto da programação paralela da exposição temporária referida – patente ao público até 31 de Dezembro –, tem lugar no próximo dia 14, às 19h, no auditório do museu, a exibição do filme Vitalina Varela (2019), do realizador Pedro Costa.
Trata-se da quinta sessão do Ciclo de Cinema ligada à mostra, com entrada livre, sujeita a inscrição pelo e-mail [email protected].
Ainda este mês, no dia 23 de Outubro, às 14h, irá decorrer outro evento ligado à exposição. Vanessa Almeida fará uma visita guiada, nas ruas de Lisboa, pelos caminhos das Três Marias – Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa – e das Novas Cartas Portuguesas. Também é necessária inscrição.
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