O auditório do Museu do Aljube, em Lisboa, será palco do «II Congresso de História Pública em Portugal: Usos do Passado nos 50 Anos da Revolução dos Cravos» nos próximos dias 6 e 7 de Junho, entre as 9h30 e as 18h. A participação é livre e gratuita mas requer registo prévio.
A propósito do evento, a entidade organizadora, IN2PAST – Laboratório Associado de Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território, lembra que em 2024 se celebram os «50 anos da revolução portuguesa, que pôs fim à mais longa ditadura e império colonial europeus».
«O passado ditatorial e colonial e o processo revolucionário assumem um lugar de destaque na investigação académica, mas também no debate público em Portugal, uma vez que a criação, preservação e reconstrução da memória das experiências autoritárias, bem como dos processos de resistência e de ruptura, ainda modelam a compreensão do presente», explica de modo introdutório.
Em seguida, frisa que o propósito desde congresso é o de «analisar a evolução dos usos do passado desde 1974, destacando o que se oculta e desoculta na esfera pública».
No programa divulgado integram-se, no primeiro dia de trabalhos, os temas «Museus e lugares de memória I», «Museus e lugares de memória II», «Invisibilidades do passado revolucionário» e «Educação formal e não formal», com a moderação a cargo de Marta Prista, Sónia Vespeira de Almeida, Rita Rato e Joana Miguel Almeida, respectivamente.
No dia 7, estarão em debate os temas «Espaço público e performatividades artísticas», «Revisibilidade do passado revolucionário» e «Discursos, dissensos e representações», sendo a moderação realizada, respectivamente, por Cristina Pratas Cruzeiro, Fátima Moura Ferreira e Patrícia Martins (o programa completo, com horários, autores e títulos das intervenções pode consultar-se aqui).
Sobre o encontro, diz ainda a organização que se pretende «reunir contributos que permitam identificar e compreender diferentes formas de memorialização, inscrição e ocultação das memórias da ditadura, resistência, (des)colonização e processo revolucionário, procurando dar conta das narrativas e práticas, consensos, dissensos e silêncios, que se manifestam na esfera pública e sua evolução ao longo dos últimos 50 anos».