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|Sugestões culturais

Liberdade. De quê? Para quê?

Só um desaproveitador não recorreria  a algumas recentes «reportagens» em debates públicos sobre a comunicação social e a ofensiva mediática dos actuais defensores do capitalismo. Que fazer? Leia, escute, veja. E desintoxique-se, leitor/a.

Créditos / activisr.org

Quando nada de irregular ou ilegal se tem a apontar a um caso de gestão da coisa pública autárquica, mas se pretende mesmo assim conduzir uma orquestrada campanha de ataque e de calúnia (contra a força política que a gere e que é defensora intransigente dos direitos das classes trabalhadoras, note-se), para tal recorrendo a meios desmesurados (entendendo aqui por meios quer os próprios media – e o tempo de transmissão da mensagem – quer o respaldo económico e técnico), basta recorrer à linguagem. E não é preciso ser génio (de preferência, aliás, não convém ser génio; basta ser aquilo a que o nosso povo chama «esperto»). A linguagem, no caso a que me refiro, são as palavras, o som, as imagens televisivas.

Quer, leitor/a, um par de exemplos? Nada melhor, durante o discurso, que chamar a um profissional, a um trabalhador dessa coisa pública o guterresiano «boy» ou «girl», ou mesmo «camarada», mostrar uma foto e a coisa está armada. Até o néscio intuirá o que se insinua, porque o discurso jornalístico alimenta-se do cliché, e sem ele sufoca, como já Karl Kraus (1874-1936) ensinava. E o néscio irá dizer: pois é, andam todos ao mesmo, são todos iguais (o efeito pretendido é este; e os néscios aqui são os que contam, os que votam). Claro que uma capciosa montagem de imagens e de texto também ajuda. A quê? A manipular. Pois é disso que estamos a falar.

«O que sugiro, pois, é que as reportagens televisivas em referência (nem preciso de publicitar o canal) sejam gravadas, guardadas, catalogadas, e usadas, pois só um desaproveitador não tiraria partido delas em seminários académicos sobre a actuação dos media nos dias de hoje e sobre a condição meretricial de alguns jornalistas (se assim se lhes pode chamar) e dos seus mandantes editoriais»

Outras regras de ouro: na reportagem, não deixar o interlocutor explicar-se, não lhe dar tempo para tal, interrompê-lo, cortar-lhe palavras na montagem televisiva final; e olhá-lo como quem está a fixar alguém com um ar culpado, encurralado. Mas, em vez de usar, nesse momento, a imagem do interlocutor, usar sim a imagem daquele/a que interroga, daquele/a cujo objectivo é encurralar o outro. (Uma autêntica escolinha de polícia política, a bem dizer). Isto, já se sabe, está nos manuais. E mal andaria um assalariado de estação televisiva pertencente a um grande grupo empresarial se não dominasse a cartilha.

O que sugiro, pois, é que as reportagens televisivas em referência (nem preciso de publicitar o canal) sejam gravadas, guardadas, catalogadas, e usadas, pois só um desaproveitador não tiraria partido delas em seminários académicos sobre a actuação dos media nos dias de hoje e sobre a condição meretricial de alguns jornalistas (se assim se lhes pode chamar) e dos seus mandantes editoriais. Só um desaproveitador as não usaria em próximos estudos académicos sobre manipulação da opinião pública pelos media. Só um desaproveitador a elas não recorreria para debates públicos sobre a comunicação social, e sobre a ofensiva mediática dos actuais defensores do capitalismo, neste país e lá fora. E juntem-se dois e dois, analisando também as miseráveis coberturas mediáticas das situações na Venezuela, no Brasil, no Iémen, na Síria, na Turquia, na Arábia Saudita… Rever, analisar, discutir é muito instrutivo.

Que nomes se dá ao tipo de actuação em pauta? Repetidas até à exaustão pelos porta-vozes dos directórios europeus e estadunidenses, e pelos ideólogos de serviço, seja nos governos seja nos media, aí estarão as expressões de sempre: «imprensa livre» e «liberdade de expressão». Por cá, os representantes locais da coisa, começando nos directores de informação e acabando nas chefias editoriais, não deixarão de sublinhar até à náusea que vivemos numa democracia, porque, entre outros fundamentos, dispomos de uma tão «pluralista» Circulatura do Quadrado e, sobretudo, temos a sorte de ter «comunicação social livre», condição sine qua non. Ora, como diz uma velha canção de matriz popular interpretada por Vitorino, «Liberdade, Liberdade / Quem a tem chama-lhe sua / Já não tenho liberdade / Nem de pôr o pé na rua // Liberdade, Liberdade / Quem a tem chama-lhe dela / Já não tenho Liberdade / Nem de me pôr à janela»1.

A essas vozes «democráticas» eu diria: «Caro senhor ou cara senhora, fale-me da sua liberdade, que lhe falarei eu da minha. Fale-me da sua liberdade que lhe falarão da deles o operário da construção civil, o estivador, a empregada da limpeza, o metalúrgico, a operária da empresa corticeira, o assalariado rural, o pescador, o caixa de supermercado, o professor contratado, o investigador com contrato precário, o funcionário do call-center, a actriz do grupo de teatro independente… Fale-me da sua liberdade, cara senhora ou caro senhor, diga-me como é essa sua liberdade… E sobretudo que uso tenciona dar-lhe.»

Opina um experiente amigo: a melhor arma que temos para responder à calúnia é a verdade. E eu respondo: tens razão, mas só até certo ponto. A verdade não é suficiente, pois está longe de chegar a quem precisa de a ouvir, está longe de conseguir combater a intoxicação. Aqui fica pois o problema. Em aberto.

Para desintoxicar: antologia; e uma obra poética e ensaística ímpar

Desintoxique-se, pois, leitor/a. Como? Lendo. Comece pela bela «Antologia poética de Língua Portuguesa nos cem anos da Revolução de Outubro» a que Francisco Duarte Mangas – ele próprio poeta, contista, romancista de reconhecido valor – deu o título de O Povo, Meu Poema, Te Atravessa (Modo de Ler, 2018), além de a prefaciar. 

Aí encontrará cem poetas de vários tempos, lugares e convicções ideológicas, uma centena de poemas uníveis, porventura, por certa ideia de revolução, começando por uma visão da criação poética como resposta, sempre, a uma necessidade revolucionária. Os poetas são Antero, Gomes Leal, Maria Lamas, Afonso Duarte, José Gomes Ferreira, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, Ilse Losa, Sena, Sophia, Veiga Leitão, Manuel da Fonseca, Egito Gonçalves, Mário Dionísio, Papiniano Carlos, Gedeão, Eugénio, Ruy Belo, António Cabral, Luiza Neto Jorge, Fiama, José Afonso, Ary, Fernando Assis Pacheco, Castrim, Saramago, Urbano, Armando Silva Carvalho, Albano Martins, Manuel Alegre, Hélia Correia, Maria Velho da Costa, Inês Lourenço, Viale Moutinho e tantos, tantos outros, sem mencionar aqui os numerosos brasileiros (Drummond, João Cabral, Vinicius…), e africanos (Agostinho Neto, Alda Lara, Craveirinha…) que na selecção proposta também comparecem.

Ao Povo Alentejano, Jorge Pinheiro, 1980

Empreendimento notável é este, graficamente impecável (inclui reprodução duma extraordinária pintura «revolucionária» de Jorge Pinheiro), em que, a dado momento (pp. 24-25), chegamos a um poema de Dois Sóis / A Rosa /A Arquitectura do Mundo (1990), de Manuel Gusmão – recém-distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, entregue como reconhecimento do Governo português pelo «inestimável trabalho de uma vida dedicada à produção literária e à poesia, difundindo amplamente, em Portugal e no estrangeiro, a Língua e a Cultura portuguesas, ao longo de mais de cinquenta anos».

No poema de Gusmão é possível ler: «(…) Até ao rosa / e à quase branca // rubra / incandescência / ao meio-dia no tecto do mundo / somos nós que a erguemos / essa rosa de alexandria / essa rosa clara // al-/ ta / esta rosa, // camaradas».

Com notabilíssimos livros de ensaio a ler ou a reler, como Tatuagem e Palimpsesto: da Poesia em Alguns Poetas e Poemas (Assírio & Alvim, 2011) ou Neo-Realismo uma Poética do Testemunho, alguns exercícios de releitura (Avante!, 2018), Gusmão tem a sua alta, densa e interpelante poesia reunida hoje nos três volumes de Contra Todas as Evidências (2013-2015), publicados pelas Edições Avante!, e ainda no magnífico A Foz em Delta (2018), com a mesma chancela. Uma poesia que não vive (pois não quer viver) sem ligação umbilical ao seu tempo sócio-histórico, uma escrita que não vive (pois não quer viver) sem vínculo a um compromisso revolucionário. Uma escrita em que o acto de criação poética é já um acto revolucionário, tal como a sua forma, a sua linguagem.

Escute então, em homenagem a Manuel Gusmão, poeta e ensaísta multipremiado, um poema na bela voz de Maria João Luís.

O teatro, e não só, em Lisboa, Almada e Coimbra

E para continuar a sua desintoxicação ideológica, vá ao teatro. Vá ver Do alto da ponte, pelos Artistas Unidos, texto de Arthur Miller, com encenação de Jorge Silva Melo. Esteve em Almada, no Teatro Municipal Joaquim Benite, a 9 e 10 de Fevereiro, e regressou a 11 de Fevereiro ao São Luiz, em Lisboa, onde permanece até 27 de Janeiro. E no dia 20, domingo, não perca uma conversa com os artistas, moderada pela tradutora Mariana Maurício, após o espectáculo.

Não perca, a 15 e 16 de Fevereiro, Lindos dias!, encenação de Sandra Faleiro sobre um texto de Samuel Beckett, e À espera de Beckett ou Quaquaquaqua, com texto e encenação de Jorge Louraço, a 23 e 24 de Fevereiro.  E consulte a restante programação do Teatro de Almada, para assistir a outros espectáculos.

Siga também a programação d’A Escola da Noite, em Coimbra. Entre muitas coisas boas, quer para adultos quer para crianças (incluindo espectáculos musicais e workshops), vai poder assistir a Cinzas, de Harold Pinter, de 21 de Fevereiro a 3 de Março. E, em 16 e 23 de Fevereiro, respectivamente, as ilustradoras Rachel Caiano e Ana Biscaia farão oficinas no Teatro da Cerca de S. Bernardo.

Boa Música em Lisboa e no Porto, e cine-concertos na Casa da Música

Música? Pois bem, proponho-lhe o Te Deum, de Giuseppe Totti (1751-1832), contralto italiano, organista e compositor ao serviço da Patriarcal de Lisboa e da Real Capela da Ajuda no final do século XVIII. Acontecerá na Igreja do Loreto, a 15 de Fevereiro. Quanto a Vianna da Mota, Richard Strauss e Beethoven, poderão ser ouvidos no S. Carlos, em Lisboa, a 22 de Fevereiro. Joana Carneiro dirige a Orquestra Sinfónica Portuguesa em ambos os concertos. Também se escutará, no S. Carlos, Mozart e Brahms, a 14 de Fevereiro. É no Foyer, mas com entrada livre. Confira os pormenores da programação e veja quem são os intérpretes e quais as peças propostas.

Não perca, se puder, a Sinfonia n.º 25, em Sol menor, K. 183 e o
Concerto para Piano e Orquestra n.º 24, em Dó menor, K. 491, de Mozart, e ainda o Concerto para Piano n.º 1, em Dó maior, op. 15, de Beethoven, por Piotr Anderszewski na Gulbenkian, em Lisboa. O espectáculo é a 14 de Fevereiro e o pianista é também o director da orquestra Gulbenkian nesse dia. Aconselho-o, aliás, a consultar com atenção a agenda Gulbenkian para as próximas semanas, pois há diversos motivos de interesse. Enquanto estiver nestes concertos, estará certamente a restaurar forças para resistir aos Trump, Bolsonaro, Gaidó, Netanyahu deste mundo e a todos aqueles que por cá os servem – e que não são poucos.

Imagem de «A quimera do ouro». Foto de arquivo. Créditos

Atenção também aos cine-concertos da Casa da Música, no Porto, previstos para Fevereiro e Março. Cito: «A magia do cinema regressa à Casa da Música com quatro cine-concertos a não perder. No ano em que se completam 130 anos desde o nascimento de Charles Chaplin, A Quimera do Ouro está em cartaz numa sessão única na Sala Suggia (16 de Fevereiro). A banda sonora deste filme mudo inesquecível é interpretada ao vivo pela Orquestra Sinfónica. A ironia de Luis Buñuel e Salvador Dalí deu origem a outro filme clássico, mas mais polémico: L’Âge d’Or (12 de Fevereiro), com nova música de Martin Matalon interpretada em estreia nacional pelo Drumming. Mais recentemente, Bill Morrison assinou o filme Shelter, uma obra comovente com música do trio de compositores americanos Bang on a Can que o Remix interpreta ao vivo (19 de Fevereiro). Será difícil controlar as gargalhadas perante dois enormes génios da comédia, Chaplin e Buster Keaton, que podem ser vistos num cine-concerto com nova música criada em tempo real. Bandas sonoras emblemáticas são o mote para a abertura deste festival, entregue à Banda Sinfónica Portuguesa.»

Não sei se ainda encontra bilhetes para o espectáculo de Simone e Ivan Lins, no Coliseu do Porto, a 12 de Fevereiro. Mas pode tentar, pois creio que vale a pena. E atenção que Sérgio Godinho apresenta-se no mesmo emblemático espaço a 28 de Fevereiro. A não perder.

Exposição colectiva de pintura, na Árvore, e mais Miró, em Serralves

Dê um salto, se puder, à exposição colectiva «Se você não estivesse aqui…». É na Árvore, do Porto, e Acácio de Carvalho, Armando Alves, Ana Fernandes, Manuela Bronze são apenas quatro dos dezanove artistas representados.

Atenção, também, à nova exposição de Miró, em Serralves. Cito a informação disponível: «Joan Miró e a morte da pintura centra-se na produção artística do mestre catalão em 1973, altura em que, com oitenta anos de idade, preparava uma importante retrospetiva no Grand Palais, em Paris.» Robert Lubar Messeri, destacado especialista mundial na obra de Miró, é o comissário da mostra que «conta com obras da ColeCção do Estado Português em depósito na Fundação de Serralves e de várias importantes coleções internacionais – Colecções Fundació Joan Miró (Barcelona), Collection Adrien Maeght (Saint Paul), Fundación Mapfre (Madrid) e Fundació Pilar i Joan Miró (Mallorca) – muitas delas nunca expostas em Portugal.»

Mais livros novos que valem a pena

Termino com mais algumas propostas de livros. Primorosa e saborosamente escritas são as prosas de Por Esta Terra Adentro (Âncora, 2018), do notável poeta, romancista e contista transmontano que é A. M. Pires Cabral. A obra, resultante da recolha e revisão de um significativo conjunto de crónicas, pequenos ensaios, evocações e outras colaborações dispersas em periódicos, vale muitíssimo enquanto mergulho geográfico-cultural nesse «Reino Maravilhoso» que é Trás-os-Montes, como o classificou Miguel Torga. Maravilhoso, claro está, pela paisagem, pelos sabores e perfumes, e também por aquelas mulheres e homens que na região habitam. Essencial para quem deseje conhecer o nordeste português, trata-se de uma leitura educativa e, não raro, divertida, numa prosa singular – herdeira ainda de Camilo e Aquilino – que começa a tornar-se rara em Portugal.

A DiVersos é uma sóbria e excelente revista de poesia editada pelas Edições Sempre-em-Pé, de Águas Santas (Maia), que chega agora ao número 27 (Março, 2018), o que é obra digna de registo. Especializada na tradução de poetas estrangeiros, inclui também muita poesia original de autores de Língua Portuguesa, devidamente acompanhada, para cada um dos poetas publicados, da respectiva nota biobibliográfica. Herman Hesse, Tonino Guerra, Wislawa Szymborska são apenas três dos nomes maiores de cuja produção poética se incluem aqui traduções.

Publica-se ainda poesia de Carlos Felipe Moisés (1942-2017), Cristino Cortes, Francisco José Craveiro de Carvalho e vários outros poetas de Língua Portuguesa. Mas permita-se que destaque a vinda a lume de mais um punhado de belos poemas que se encontravam inéditos, de Bernardette Capelo (Guarda, 1948), ensaísta (Arte e Natureza na Obra de Albano Martins), poeta (Ce que Mon Coeur Sait de la Sémence / O que o Meu Coração Sabe da Semente) e autora de um poético conto ilustrado para crianças (ou para todos?), intitulado Escrito a Roxo. São treze composições de delicada tessitura fónico-rítmica e sintáctica, marcadas pela contenção, mas também por assinalável delicadeza expressiva, que repousa numa imagética muito pessoal. Poemas que, partindo sobretudo da música (Filipe Pires, Chopin…), ensaiam como que um exercício sinestésico de figuração que convida ao sonho e ao mergulho num universo íntimo peculiar. Uma poeta, em suma, a descobrir, esperando-se que, em breve, possamos ler novo livro de sua autoria.

Créditos

Por último dois livros infantis de qualidade. Começo pela reedição de A Viagem de Alexandra, de Papiniano Carlos (1918-2012), enquadrada nas comemorações do centenário do nascimento do autor, e agora com novas imagens de uma notável artista da ilustração: Susana Matos. A chancela é das Edições Avante! e a obra, inicialmente editada em 1989, constitui delicada ficção, escrita num registo simples mas poético, centrada no aparelho circulatório e na circulação sanguínea. A protagonista é uma menina e a acção decorre durante um internamento hospitalar. Comprova-se o fascínio de Papiniano por temáticas relacionadas, de uma forma ou doutra, com a ciência, vista sempre como ponto de partida para o sonho.

Já em Fernão de Magalhães: O Circum-Navegador (APCC, 2018), Luísa Ducla Soares associa-se à celebração dos 500 anos da primeira viagem de circum-navegação e, com a colaboração de outra excelente e ainda jovem ilustradora, Joana Estrela, propõe a crianças e pré-adolescentes um relato biográfico, que inclui a narração da viagem, num texto simples, mas belo, empolgante e pleno de humanidade. Luísa Ducla Soares continua senhora da «mão» ideal para este tipo de trabalhos destinados aos mais novos, aliando sempre a qualidade e fluência da escrita à relevância dos temas e à arte de contar.

Caro/a leitor/a, a terminar, veja, já agora, se alguma coisa descobre, nas televisões portuguesas, sobre esta notícia datada de 9 de Fevereiro:

DOIS ADOLESCENTES PALESTINOS MORTOS POR FOGO ISRAELITA EM GAZA NA 46.ª SEMANA DA GRANDE MARCHA DO RETORNO

Pode ser que tenha tido sorte e algo tenha visto sobre mais esta tragédia. Mas duvido.

Leia, escute, veja. E desintoxique-se, leitor/a. Desintoxique-se, que vêm aí batalhas difíceis.
 

  • 1. Trata-se da canção «As carbonárias». Uma versão anterior à cantada por Vitorino, com a mesma música e refrão, era cantada na Beira – «As carvoeiras» – exprimindo o mesmo anseio de liberdade.

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