Com estreia marcada para 2 de Maio, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, o espectáculo tem concepção, coordenação de dramaturgia e direcção da encenadora brasileira Silvana Garcia. O conto homónimo do escritor argentino Julio Cortázar inspira o trabalho, cuja dramaturgia cénica é construída através de um processo colaborativo, envolvendo os actores Ana Teresa Santos, Igor Lebreaud, Miguel Magalhães e Ricardo Kalash, e a assistente de encenação Paula Garcia.
Casa Tomada reflecte sobre «o drama das populações refugiadas, forçadas a deslocar-se por forças que não conseguem controlar», revela A Escola da Noite num comunicado. Em palco, os quatro actores reproduzem «o quotidiano desses seres destituídos, capturados na cena entre a estadia precária e o pôr-se novamente em movimento, sem que se saiba exactamente o destino», revela Silvana Garcia, que é também investigadora, pedagoga e dramaturga.
Sem identificar um espaço, um tempo ou uma população em particular, Casa Tomada «evoca a condição dos milhões de pessoas que, ao longo de praticamente toda a história da humanidade, são forçadas a deixar os seus lares, devido a guerras ou perseguições de todos os matizes – religioso, étnico ou político». Pensado e construído «como um poema cénico», o espectáculo homónimo do primeiro conto publicado por Cortázar, em 1946, conta com cenografia e figurinos de Rachel Caiano, música original de Luís Pedro Madeira, iluminação de Danilo Pinto, vídeo de Eduardo Pinto e sonoplastia de Zé Diogo.
A 78.ª criação d'A Escola da Noite ficará em cena no Teatro da Cerca de São Bernardo entre 2 e 26 de Maio, com sessões às quintas-feiras (19h), às sextas e sábados (21h30) e aos domingos (16h).
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