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|Curtas metragens

«Entre sombras» recebe prémio especial do júri em Hiroshima

A curta-metragem de Alice Guimarães e Mónica Santos foi premiada no Festival Internacional de Animação de Hiroshima. É o terceiro galardão obtido pelo filme desde a sua recente estreia, em Junho.

Imagem da curta-metragem «Entre Sombras», de Alice Guimarães e Mónica Santos (2018).
Imagem da curta-metragem «Entre Sombras», de Alice Guimarães e Mónica Santos (2018).CréditosFonte: Agência de Curtas Metragens

A curta-metragem de animação Entre Sombras, de Alice Guimarães e Mónica Santos, recebeu um Prémio Especial do Júri no Festival Internacional de Curtas-metragens de Hiroshima (Japão), realizado entre 23 e 27 de Agosto. Trata-se do terceiro galardão obtido pelo filme desde a sua recente estreia, em Junho de 2018, no Festival Mundial do Filme Animado de Zagreb (Croácia) – e logo com um Prémio do Público.

Em Julho, na 26.ª edição do Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, na sua estreia nacional, Entre Sombras foi eleito pelos espectadores o melhor filme português da competição, recebendo o Prémio do Público/Sociedade Portuguesa de Autores. Neste festival, Alice Guimarães e Mónica Santos voltaram «a arrecadar o mesmo prémio que já tinham vencido na edição de 2015 com o filme Amélia & Duarte», sublinhou na altura o sítio de notícias de cultura Arte/Factos.

Segundo a mesma fonte, o filme, «co-produzido pela francesa Vivement Lundi! e pela portuguesa Um Segundo Filmes, é distribuído pela Agência da Curta Metragem».

Trata-se de uma «animação em stop motion, com recurso à técnica da pixilação1», inspirada «nos elementos dos filmes noir» e tendo por cenário «a cidade do Porto, nos anos 40», envolta «em mistério e jogos de sombras».

A história é narrada por Margarida Vila-Nova e acompanha a funcionária (Sara Costa) «de um banco, onde se depositam corações, numa aventura em busca de um coração roubado». Na companhia «de um homem misterioso (Gilberto Oliveira)» enfrenta perigos que a conduzem «a um dilema: dar o seu coração ou guardá-lo para si».

Com Amélia & Duarte, um filme sobre a forma como um casal lida com a sua separação, as autoras obtiveram 11 galardões em diversos festivais de curtas-metragens de animação, em Portugal e no estrangeiro.

Alice Guimarães e Mónica Santos

Antes de se trabalharem juntas no filme Amélia & Duarte (2015) e neste Entre Sombras (2018), «cada uma das autoras» tinha criado «vários filmes premiados», fossem curtas-metragens ou filmes publicitários, segundo o sítio DavidReviews.

Mónica Santos e Alice Guimarães no festival »Curtas Vila do Conde», após terem recebido o Prémio do Público/SPA (Julho de 2018) CréditosFonte: Arte/Factos /

Alice Eça Guimarães especializou-se em artes digitais, no curso de Som e Imagem, da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. Desde então tem trabalhado em várias técnicas de animação, por vários meios, desde publicidade para empresas como a Sonae, o Intermarché ou a editora Leya, como também em cinema de animação. Entre as suas obras premiadas destaca-se o filme A incrível História das Linhas de Torres Vedras.

Mónica Santos é realizadora, educadora e ilustradora. Estudou Communication, Art & Design no Royal College of Art, em Londres, onde beneficiou de uma bolsa atribuída pela Fundação Calouste Gulbenkian. Interessada nos aspectos teóricos e práticos da cinemática, presentemente encontra-se a fazer o doutoramento em estudos cinematográficos.

Trabalha com imagem real e animada e como ilustradora. Como realizadora viu os seus filmes apresentados em Portugal e no estrangeiro e recebeu vários prémios. Tem exposto as suas obras individual e colectivamente. Como ilustradora tem colaborado com diversos periódicos, entre os quais o JN, o DN, o jornal i, o Expresso e a Visão.

Hiroshima: Paz e Amor

O Festival Internacional de Animação de Hiroshima, um evento bienal promovido na cidade de Hiroshima, Japão, durante o mês de Agosto, sob o espírito de «Paz & Amor», visa o «desenvolvimento da cultura artística e dos mídia visuais, promovendo o cruzamento e intercâmbio de culturas», sendo considerado, segundo se pode ler no sítio do festival, «um dos mais respeitados festivais de animação do mundo».

Imagem do 17.º Festival Internacional de Animação de Hiroshima, Japão, Agosto de 2018 CréditosFonte: Hiroshima Festival /

O festival foi fundado em 1985 sob o impulso dos cineastas Renzo Kinoshita e Sayoko Kinoshita, à data, respectivamente, presidente e secretário-geral da ASIFA-Japão, por ocasião do 40.º aniversário da primeira deflagração nuclear da história – quando uma bomba nuclear, lançada a partir de um bombardeiro dos EUA, praticamente arrasou a cidade e causou mais de 150 mil baixas directas, entre mortos e feridos.

Por essa razão, tanto o município de Hiroshima como a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) colocaram o festival sob o signo «do mútuo entendimento internacional» e «da busca da paz universal», em que a arte da animação se apresenta como «um meio comum a todos os seres humanos, independentemente das suas nações e línguas».

A 17.ª edição do Festival Internacional de Animação de Hiroshima, realizada em 2018, recebeu 2842 filmes de 81 países, ultrapassando as já elevadas cifras da 16.ª edição, realizada em 2016, a qual recebera 2248 filmes de 78 países.

  • 1. Segundo a Wikipédia francesa, em tradução livre do AbrilAbril, a técnica apelidada de «pixilação» nada tem a ver com os pixels de uma imagem, antes provindo do inglês pixilated, por sua vez proveniente do termo pixy-led, na mesma língua, que literalmente significa guiado pelas fadas. A mesma fonte recomenda não confundir com o termo «pixelização», que designa o efeito de mosaico que reduz a visibilidade de uma imagem vídeo.

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