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TVDE realizam novo protesto a 3 de Novembro

Os motoristas e operadores de TVDE voltam a manifestar-se na próxima semana contra a política unilateral de preços e o «poder absoluto» das plataformas digitais. 

CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Depois do protesto do passado dia 20, motoristas e operadores Transportes em Veículos Descaracterizados a Partir de Plataforma Electrónica (TVDE) voltam a anunciar uma concentração para o dia 3 de Novembro junto à Altice Arena, no Parque das Nações, em Lisboa. 

Segundo informação avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), a acção da próxima semana tem como objectivo central protestar contra a política de preços praticada pelas empresas (Uber, Bolt, Freenow) de forma unilateral, reduzindo o rendimento de quem trabalha no sector, e o «poder disciplinar absoluto das mesmas plataformas». Num comunicado, o sindicato realça que a situação é agravada pelo aumento do preço dos combustíveis.

Tal como denunciou no protesto da semana passada, a Uber, que não tem encargos directos com a actividade, faz campanhas de desconto sem aviso prévio, prejudicando os operadores e, consequentemente, os motoristas. 

«Quem tem custo com a actividade são os operadores e não as plataformas, mas são estas que definem a política tarifária através de um algoritmo que não se conhece», criticou o dirigente do STRUP, Fernando Fidalgo. 

«A Uber em Portugal não dá satisfações a ninguém, nem sequer ao Governo, porque nem o Governo conhece os critérios da plataforma. Lamentamos que o Governo não tenha tido até ao momento a preocupação de pelo menos garantir uma regulação por convenção colectiva de trabalho», realçou. 

Segundo o dirigente, as plataformas digitais «têm o poder absoluto e até suspendem os motoristas sem qualquer nota de culpa», realçando que as relações colectivas de trabalho e os vínculos entre motoristas e operadores «não existem» e lamentando a existência de trabalho «à percentagem ou a recibo verde».

Fernando Fidalgo lembra que este problema já tem mais de um ano e que, apesar das reuniões tidas com o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e dos dossiers apresentados relativamente aos custos dos motoristas e operadores, «continua o poder discricionário e absoluto das plataformas, também em relação às sanções que aplicam sem ouvir motoristas e parceiros». 

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