Existem duas facetas no negócio da Reditus: se por um lado «fornece soluções e serviços para o sector empresarial», por outro, a empresa estabelece um conjunto significativo de práticas predatórias e repressoras contra os trabalhadores, um serviço completo para qualquer patronato que queira concessionar o seu serviço.
Face a uma greve iminente de 24 horas, marcada para esta quarta-feira, o Grupo Reditus viu-se obrigado a ceder, tendo já pago na totalidade os três meses de salários e subsídios de refeição em dívida. Os trabalhadores tinham decidido em plenário avançar com uma paralisação de 24 horas, marcada para hoje, como forma de exigir da empresa os pagamentos em atraso, entre os quais vários salários e subsídios, em alguns casos num total de três meses. Porém, face à contestação e à ameaça de greve, o grupo Reditus acabou por ceder, tendo realizado esta manhã todos os pagamentos que tinha em dívida para com os trabalhadores. O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) anunciou hoje a desmobilização do piquete de greve, que estava marcado para as 8h, junto às instalações da empresa em Lisboa. «Este resultado foi prova de que o grupo Reditus tem capital para pagar os salários a tempo e horas. Só com a mobilização dos trabalhadores para a greve prevista é que o mesmo foi forçado a cumprir com as suas obrigações», anunciou o CESP. De acordo com o sindicato, a situação arrastava-se há vários meses, com o grupo Reditus a insistir que no mês seguinte os pagamentos seriam feitos, apesar de «ter capitais próprios positivos de 32,6 milhões de euros», tendo ainda feito conversas com os trabalhadores no sentido de «pedirem empréstimos à empresa caso estejam muito aflitos». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores forçam Reditus a pagar salários em atraso
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Mais de 150 trabalhadores do Call Center da Segurança Social de Castelo Branco, gerido pela Reditus, são impedidos de usar a casa de banho, vêem as folhas de ponto ser alteradas pela empresa e os subsídios de férias pagos em duodécimos.
Após intervenção do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav/CGTP-IN) e uma greve realizada no passado dia 13 de Novembro, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) deu «razão aos trabalhadores»: as práticas da Reditus são «ilegais».
Se se mantiver o impedimento de ida ao WC e as ameaças de falta injustificada, o sindicato, em comunicado, garante que «irá tomar novas medidas» para pôr termo à repressão patronal neste local de trabalho. Esta centena e meia de trabalhadores não está sozinha: na última acção de luta estiveram presentes representantes de vários sindicatos da CGTP-IN (assim como elementos da sua comissão executiva) e representantes do BE e do PCP.
Está convocado um plenário para o dia 4 de Dezembro. O tempo dispendido no plenário «é justificado e remunerado, conta como tempo efetivo de trabalho sem qualquer penalização».
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