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Trabalhadores dos TST retomam greve de dois dias

Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) vão estar em greve de 19 a 20 de Maio, dando continuidade à luta por aumentos salariais. No último dia, há concentração junto à Câmara de Almada.

Utentes denunciam a existência de autocarros «fora do prazo de utilização»
Créditos / cibersul

A greve de 48 horas no domingo e segunda-feira dá continuidade ao braço-de-ferro entre os trabalhadores e a administração dos TST, que dura há vários meses, tendo o pré-aviso sido entregue pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).

Além da paralisação, os trabalhadores da TST têm programada, para o dia 20, uma concentração junto à Câmara Municipal de Almada, no sentido de darem a conhecer ao executivo municipal «o que se passa na maior empresa privada de passageiros da região» e exigirem a sua intervenção.

A greve dos trabalhadores da TST, empresa de transporte de passageiros detida pelo grupo alemão Arriva e com actividade em vários concelhos da Península de Setúbal, dá continuidade aos protestos iniciados em Março passado. Face à intransigência da administração, os motoristas responderam com uma greve de 48 horas por mês.

Os trabalhadores dos TST afirmam que «estão cansados» da postura da empresa e realçam que têm os salários mais baixos da região, comparando com a Rodoviária de Lisboa, apesar da «sobrecarga horária» a que são sujeitos diariamente, em que muitos chegam a laborar mais de dez horas.

Entre as reivindicações, os trabalhadores dos TST exigem 750 euros de tabela salarial, 15 euros de diuturnidades e oito euros de subsídio de refeição, assim como a integração do agente único na tabela, a eliminação das pausas técnicas e a integração das folgas rotativas para todos, sem prejuízo das folgas fixas.

Há cerca de duas semanas atrás, os trabalhadores e seus representantes voltaram a reunir-se com a administração da empresa. Todavia, acusam esta das «lamechas do costume, que está tudo mal, como se todos os males caíssem em cima da rodoviária da TST, porque o gasóleo está assim, porque os pneus estão fritos».

«Como se os carros da Rodoviária de Lisboa, por exemplo, não andassem com o mesmo gasóleo. Não é justificação para não pagarem melhores salários», afirmou à altura João Saúde, dirigente da Fectrans.

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