Devido à falta de negociação, os funcionários da unidade hoteleira em Albufeira haviam anunciado a decisão de avançar para a greve a todos os feriados até ao fim do ano, incluindo o de 1 de Janeiro de 2024.
No passado dia 8, reuniram-se para fazer um balanço das duas primeiras jornadas de greve, realizadas a 5 de Outubro e a 1 de Novembro, sendo que, de acordo com nota do Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN), no segundo feriado «se verificou uma adesão superior ao primeiro dia, com mais trabalhadores a aderir, nomeadamente na secção da recepção e do restaurante».
O plenário visava igualmente analisar a sistemática posição de recusa ao diálogo com os representantes dos trabalhadores por parte da administração, afirma o sindicato, explicando que, na sequência da paralisação realizada dia 1, a administração do hotel mostrou finalmente disponibilidade para se reunir.
«Acontece que, incompreensivelmente, a mesma diz que só tem disponibilidade para reunir no próximo ano, em Janeiro», denuncia a organização sindical.
Os trabalhadores não aceitaram o protelamento da reunião para o ano que vem e, desse modo, decidiram mandatar o sindicato para marcar mais dois dias de greve, para os dias 24 e 31 de Dezembro, que se juntam aos dias 1, 8 e 25 de Dezembro e 1 de Janeiro de 2024, que já haviam sido marcados.
«O Sindicato da Hotelaria do Algarve já comunicou à administração do Grupo Portobay a disponibilidade para encontrar um momento em que ambas as partes se possam sentar à mesa para tentar estabelecer um acordo que possa levar à diminuição da conflitualidade existente actualmente no Hotel Portobay Falésia», lê-se no texto.
Entretanto, a organização sindical explica que está a preparar em conjunto com os trabalhadores o próximo dia de greve, agendado para 1 de Dezembro, que «irá contar com um protesto à porta do hotel e com a distribuição de um comunicado aos clientes».
Valorizando «a firmeza e a determinação dos trabalhadores do Hotel Portobay Falésia», o sindicato apela aos seus amigos e familiares e à população em geral para que se solidarizem com «esta justa e necessária luta, pela melhoria das condições de vida e de trabalho e pela defesa dos direitos, juntando-se aos trabalhadores em frente ao hotel no próximo dia 1 de Dezembro, a partir das 8h».
Em nota relativa à greve realizada a 5 de Outubro, o Sindicato da Hotelaria do Algarve informou que os trabalhadores da unidade hoteleira algarvia lutam por um aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros e com efeitos a 1 de Janeiro de 2023; pela reposição do pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200%; pela redução do horário para as 35 horas semanais, sem perda de remuneração, e pela integração no quadro de todos os trabalhadores com vínculos precários que respondem a necessidades permanentes do hotel.