A greve marcada para a próxima terça-feira no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa terá lugar entre as 7h e as 24h.
Os trabalhadores decidiram avançar para esta forma de luta uma vez que o conselho de administração «decidiu, unilateralmente e sem fundamentação legal, que o Acordo de Empresa (AE) estava caducado».
Numa comunicação aos trabalhadores, a administração hospitalar informou-os ainda que pretendia «aumentar o período normal de trabalho semanal, desregular os horários de trabalho, assim como retirar outros direitos e remunerações, alegando poder poupar assim cerca de um milhão de euros».
A denúncia é feita numa nota de imprensa conjunta, ontem emitida pelo Sindicato da Hotelaria do Sul, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos (Sifap), afectos à CGTP-IN.
Perante este cenário, os trabalhadores realizaram no passado dia 8 de Novembro uma concentração junto à entrada principal do hospital, no decorrer da qual, informam as organizações sindicais, recolheram 142 assinaturas num abaixo-assinado, também subscrito por utentes.
A greve tem lugar porque o conselho de administração «não recuou nas suas inadmissíveis pretensões», lê-se no texto, sublinhando que é à administração que cabe decidir se «aceita prosseguir com as negociações do AE e responder às propostas apresentadas» pelas organizações representativas dos trabalhadores.